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Bielorrússia: Bachelet condena violência policial pós-eleitoral

A Alta Comissária da ONU para os Direitos Humanos, Michelle Bachelet, condenou hoje a violência policial contra as manifestações pacíficas pós-eleitorais na Bielorrússia, que causaram pelo menos um morto e 250 feridos.

Bielorrússia: Bachelet condena violência policial pós-eleitoral
Notícias ao Minuto

18:51 - 12/08/20 por Lusa

Mundo Bielorrússia

Num comunicado, a antiga Presidente do Chile pediu às autoridades bielorrussas que "escutem o descontentamento popular" e criticou o uso excessivo da força contra os manifestantes, "maioritariamente pacíficos", incluindo balas de borracha, canhões de água e granadas de gás lacrimogéneo.

"As pessoas têm o direito de expressar o descontentamento, especialmente num contexto de umas eleições em que a liberdade democrática deve ser mantida, não suprimida", defendeu Bachelet.

A responsável da ONU adiantou que, segundo os relatórios recebidos pelo seu gabinete, pelo menos 6.000 pessoas foram detidas nos últimos três dias de protestos, o que aponta para "detenções maciças que violam claramente os padrões internacionais de direitos humanos".

Nesse sentido, pediu a "libertação imediata" de todos os "ilegalmente" detidos, bem como uma investigação "urgente" a presumíveis violações aos direitos humanos "conduzida de forma imparcial e independente".

Bachelet manifestou também receio pela possibilidade de alguns dos detidos estarem a ser alvo de mais tratos, como referem algumas denúncias recebidas, pelo que recordou ao Governo do Presidente Alexander Lukashenko "a proibição absoluta da tortura e de outras sevícias a prisioneiros".

A Alta Comissária denunciou ainda os frequentes cortes da rede de internet na Bielorrússia, que acontecem desde domingo, assim como o bloqueio de várias redes sociais e páginas da Internet de meios de comunicação social e de organizações não-governamentais, além de ataques e ameaças aos jornalistas que fazem a cobertura dos protestos.

A alguns deles, prosseguiu, foi confiscado ou destruído equipamento, enquanto mais de meia centena de jornalistas e de 'bloggers' foi detida, termina Bachelet.

As eleições presidenciais de 09 deste mês na Bielorrússia deram a vitória (mais de 80%) a Lukashenko, há 26 anos no poder, mas foram consideradas fraudulentas pela oposição, cuja principal líder, Svetlana Tikhanovskaia, foi obrigada a refugiar-se na vizinha Lituânia.

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