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Pelo menos seis pessoas mortas pelas forças de segurança na Etiópia

Pelo menos seis pessoas foram mortas pelas forças de segurança da Etiópia no sul do país durante os últimos dias, em protestos pela criação de uma região semiautónoma, anunciaram hoje fontes oficiais.

Pelo menos seis pessoas mortas pelas forças de segurança na Etiópia
Notícias ao Minuto

19:56 - 11/08/20 por Lusa

Mundo Etiópia

Os protestos tiveram início no domingo, na zona de Wolaita, a cerca de 300 quilómetros da capital, Adis Abeba, depois da polícia ter detido políticos regionais que faziam campanha pela criação de um novo estado regional.

"As forças de segurança na zona de Wolaita parecem ter usado força excessiva contra os manifestantes, matando pelo menos seis pessoas em 10 de agosto", afirmou a Comissão Etíope para os Direitos Humanos (EHRC), organismo governamental, numa nota citada pela agência France-Presse.

De acordo com a comissão, cinco pessoas foram mortas em Boditi e uma outra em Sodo.

Um responsável administrativo regional, sob anonimato, afirmou que o número de mortes é de, pelo menos, 16, tendo sete pessoas morrido em Boditi, oito em Sodo e uma na localidade rural de Damot Gale.

O porta-voz do EHRC, Aaron Maasho, apelou às forças de ordem para "exercerem toda a contenção possível", pedindo ainda uma investigação às circunstâncias das mortes.

Wolaita integra a Região das Nações, Nacionalidades e Povos do Sul (SNNP), uma das nove regiões administrativas ('kililoch') criadas através de um sistema de federalismo étnico.

Ainda assim, o grupo étnico wolaita, assim como outros na região, queixam-se de ser marginalizados, dizendo que a formação da sua própria região é a única escolha.

Num referendo sobre a autodeterminação, em novembro de 2019, o grupo étnico sidama, que também integra a SNNP, defendeu, com 98% dos votos, uma nova região semiautónoma.

Seguindo o permitido pela Constituição etíope, os wolaita exigiram o direito de realizar um referendo, mas a data para a sua realização ainda não foi fixada.

A razão para a detenção de dirigentes wolaita ainda não foi clarificada.

Segundo o EHRC, 178 pessoas foram detidas, incluindo 28 responsáveis wolaita.

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