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Beirute. "Exército e as forças de segurança dispararam contra multidões"

A denúncia é da Amnistia Internacional, que acusa as autoridades de usarem "a força de forma imprudente e ilegal".

Beirute. "Exército e as forças de segurança dispararam contra multidões"
Notícias ao Minuto

19:25 - 11/08/20 por Filipa Matias Pereira

Mundo Beirute

Na sequência dos protestos em Beirute, concluiu uma investigação da Amnistia Internacional que o "exército e as forças de segurança do Líbano, bem como homens não identificados que usavam roupas civis, dispararam contra multidões desarmadas".

Mediante depoimentos de vítimas, testemunhas oculares e médicos, bem como da análise de vídeos, a Amnistia Internacional Portugal explica, em comunicado enviado às redações, que foram disparadas contras multidões balas de borracha, gás lacrimogéneo e outras munições. "As autoridades utilizaram a força de forma imprudente e ilegal", acusa a organização.

Vídeos analisados pelo Crisis Evidence Lab da Amnistia Internacional dão conta do "uso punitivo da força de atirar para ferir, indicando que as autoridades pretendiam punir os manifestantes e dissuadir outros de protestar. A análise também confirmou que membros da força de segurança à civil atiraram contra a multidão", refere ainda o comunicado.

Ainda de acordo com testemunhos, alguns disparos "foram realizados a curta distância e ao nível do peito", sendo que nas unidades de saúde deram entrada vítimas com ferimentos na cara e lesões oculares.

“Com as suas vidas em ruínas e ainda a recuperarem do trauma físico e emocional provocado pela explosão, milhares de pessoas saíram às ruas no Líbano para pedir justiça. Em vez disso, foram visadas pelas forças do Estado com disparos e gás lacrimogéneo”, destaca a diretora de investigação para o Oriente Médio da Amnistia Internacional, Lynn Maalouf.

“As forças de segurança libanesas causaram vários ferimentos graves e minaram ainda mais a confiança de uma população que já luta com múltiplas crises. Todos os responsáveis por esta conduta violenta revoltante devem ser minuciosamente investigados e responsabilizados pelas suas ações criminosas", acrescenta a responsável.

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