Bielorrússia: Candidata da oposição acredita ter o apoio da "maioria"
A candidata da oposição às presidenciais na Bielorrússia considerou hoje que é apoiada pela "maioria" dos cidadãos, ao referir não acreditar nas projeções oficiais que fornecem larga vantagem ao Presidente Alexander Lukashenko.
© Lusa
Mundo Bielorrússia
"Acredito no que veem os meus olhos e vejo que a maioria está connosco", disse Svetlana Tikhanovskaia, ao reagir perante os media à difusão das sondagens realizadas à saída das assembleias de voto e que atribuem 79,7% dos sufrágios ao atual chefe de Estado, no poder há 26 anos.
Segundo a agência noticiosa estatal Belta, a candidata da oposição unificada, Svetlana Tikhanovskaia, terá obtido, segundo as sondagens, 6,8%, resultado muito inferior ao previsto por diversos analistas.
No entanto, a Comissão Eleitoral da Bielorrússia indicou que várias assembleias de voto, que deveriam ter encerrado às 20:00 locais (18:00 em Lisboa), vão continuar abertas devido à grande afluência de eleitores.
Lukashenko, 65 anos, procura um sexto mandato nas presidenciais de hoje.
"Espero que a votação termine também sem problemas", disse à televisão pública a presidente da Comissão Eleitoral, Lidia Ermochina, acrescentando que deverá anunciar os resultados oficiais finais da votação de hoje às 02:00 locais de segunda-feira (00:00 em Lisboa).
Entretanto, o Governo bielorrusso destacou várias equipas das forças de segurança para as ruas de Minsk, que bloquearam várias estradas e ruas de acesso ao centro da capital e estão também a posicionar-se junto de edifícios públicos, enquanto surgem apelos na televisão estatal para que as pessoas não saiam de casa.
A intenção é evitar ações de protestos antigovernamentais.
Desde a chegada de Alexander Lukashenko ao poder, em 1994, nenhuma corrente da oposição conseguiu afirmar-se na paisagem política bielorrussa. Muitos dos seus dirigentes foram detidos, à semelhança do que sucedeu neste escrutínio, e em 2019 nenhum opositor foi eleito para o parlamento.
Os resultados das últimas quatro eleições presidenciais não foram reconhecidos como justos pelos observadores da Organização para a Segurança e a Cooperação na Europa (OSCE), que denunciaram fraudes e pressões sobre a oposição.
Pela primeira vez desde 2001, e por não ter recebido um convite oficial a tempo, a OSCE não esteve presente na votação hoje para acompanhar os resultados.
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