Sudão lamenta tom usado pelos EUA para dissuadir viajantes
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Sudão "lamentou" hoje o tom usado pelo Departamento de Estados dos Estados Unidos para dissuadir os cidadãos de viajar para o país africano.
© Reuters
Mundo Sudão
"Á luz da cooperação bilateral entre os dois países e o apoio dos EUA ao governo civil do Sudão, o ministério pede que o seu homólogo tenha cautela ao alertar os cidadãos para reconsiderarem as viagens ao Sudão", pode ler-se em comunicado.
Esse documento recorda "a grande mudança provocada pela gloriosa revolução de dezembro de 2018", que resultou na queda do ex-Presidente Omar al-Bashir, em abril de 2019.
Os sudaneses sublinham "a atmosfera de estabilidade política, liberdade de manifestação, proteção de vida e dos direitos dos cidadãos sudaneses e estrangeiros e as negociações de paz em curso com os movimentos da luta armada".
A nota insiste também "na cooperação total e absoluta do governo civil com os Estados Unidos e a comunidade internacional para combater o terrorismo em todas as suas formas no Sudão e na região".
Em conselho aos viajantes divulgado na quinta-feira, o Departamento de Estado aconselhou os norte-americanos "a reconsiderarem as suas viagens ao Sudão por causa da covid-19, crimes, terrorismo, agitação civil, sequestros e conflitos armados" que acontecem na região, alertando ainda contra "grupos terroristas que podem ter como alvos os ocidentais e seus interesses".
Sem serem rompidas, as relações entre os dois países estiveram no nível mais baixo durante os 30 anos de regime do Omar al-Bashir, derrubado na primavera depois da pressão de manifestações populares nas ruas.
Desde então, Cartum tem feito tudo o possível para que os Estados Unidos removam o país da lista negra de nações que apoiam o terrorismo.
Um dos últimos obstáculos é a indemnização de famílias norte-americanas por dois ataques perpetrados em 1998 contra embaixadas dos EUA em África, reivindicados pela organização 'jihadista' Al-Qaida.
Relativamente à covid-19, o Sudão regista um total de 11.894 casos positivos e 773 mortes.
Em África, há 22.492 mortos confirmados em mais de um milhão de infetados em 55 países, segundo as estatísticas mais recentes sobre a pandemia naquele continente.
A pandemia de covid-19 já provocou cerca de 722 mil mortos e infetou mais de 19,4 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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