Meteorologia

  • 16 ABRIL 2024
Tempo
15º
MIN 13º MÁX 26º

PM búlgaro admite renunciar se isso mantiver Governo no poder

O primeiro-ministro búlgaro, Boiko Borissov, alvo de protestos há quase um mês, admitiu hoje a possibilidade de se demitir, se isso permitir que o seu Governo se mantenha até às próximas eleições, em março de 2021.

PM búlgaro admite renunciar se isso mantiver Governo no poder
Notícias ao Minuto

15:38 - 05/08/20 por Lusa

Mundo Bulgária

"Se sou eu o problema, vou-me embora imediatamente", disse o líder conservador, no poder há quase 10 anos, durante um encontro, em Sófia, que juntou 4.000 representantes do seu partido, o GERB.

"Vou continuar as discussões com os meus parceiros da coligação e vou propor opções, incluindo a de deixar o Governo", acrescentou Borissov, de 61 anos, que lidera o país ao lado de um partido nacionalista.

Formalmente, para que o Governo se mantenha em exercício, o primeiro-ministro não pode demitir-se, mas Borissov não adiantou mais explicações, garantido apenas estar a trabalhar "em muitos cenários".

Os manifestantes exigem a renúncia de Borissov e do procurador-geral Ivan Geshev, acusando-os de corrupção e de terem vínculos com grupos criminoso, depois de Geshev ter ordenado, em 09 de julho, buscas à sede da Presidência e a detenção de dois dos assessores do Presidente, Roumen Radev, crítico do primeiro-ministro.

Radev, eleito Presidente da Bulgária em 2016 com os votos do Partido Socialista, acusa o Governo Borissov de corrupção, falta de justiça e supressão da liberdade de expressão.

Desde a semana passada, e numa tentativa de conseguir eleições antecipadas, os manifestantes também bloquearam zonas de muito tráfego da capital, tendo quatro deles entrado em greve de fome.

No poder (com algumas interrupções) desde 2009, Boiko Borissov marca a História pela sua longevidade na Bulgária pós-comunista, que conta com 6,95 milhões de habitantes.

Treze anos depois de ingressar na União Europeia, a Bulgária continua a ser o país mais pobre e mais afetado pela corrupção, segundo a Organização Não-Governamental Transparência Internacional.

De acordo com uma sondagem realizada esta semana para um jornal búlgaro, o partido GERB, que defende a estabilidade no contexto atual de uma pandemia para justificar a manutenção da maioria, deverá ganhar as próximas eleições legislativas, com 26,7% dos votos.

O seu parceiro nacionalista de coligação, porém, não deverá passar a marca dos 4% de votos necessários para entrar no parlamento.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório