A celebração, o Aid-al-adha, também conhecida por Festa do Sacrifício, acontece anualmente após a grande peregrinação a Meca ('Hajj').

"Infelizmente, algumas pessoas começaram a agitar a bandeira talibã durante essa concentração", que decorreu no parque Mellat, declarou o chefe da polícia de Teerão, Hossein Rahimi, citado pela Isna.

Fotos da concentração de sexta-feira foram divulgadas nas redes sociais.

De acordo com Rahimi, cinco das pessoas detidas "forneceram a bandeira e tiraram fotos e vídeos que transmitiram a 'media' hostis" e os restantes detidos são "ilegais em vias de expulsão".

O mesmo responsável não forneceu mais detalhes.

O Irão partilha uma fronteira de mais de 900 quilómetros com o Afeganistão, país com o qual sempre manteve relações complexas.

Segundo a ONU, cerca de 3,5 milhões de afegãos, incluindo cerca de um milhão de refugiados, vivem no Irão.

O Irão apoiou durante um largo período a minoria étnica Hazara no Afeganistão, os seus correligionários xiitas perseguidos na década de 1990 durante o regime dos talibãs, de confissão sunita.

Teerão também colaborou com a ONU para ajudar a afastar os talibãs do poder no início da década de 2000.

Em 2018 os talibãs efetuaram uma rara visita a Teerão para abordar as formas de facilitar as negociações entre as partes afegãs.

As negociações entre os talibãs e os Estados Unidos, um acérrimo inimigo do Irão, foram concluídas no final de fevereiro passado com um acordo histórico que prevê discussões inter-afegãs e a retirada das tropas estrangeiras do Afeganistão até maio de 2021.

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