Iémen: Negociações para libertar número "considerável" de prisioneiros
O governo e os rebeldes huthis em guerra no Iémen estão atualmente em negociações para a libertação de um número "considerável" de prisioneiros", segundo disse um responsável do Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) à agência noticiosa France-Presse.
© Reuters
Mundo Iémen
Desde 2015, o conflito neste país pobre da península arábica colocou as forças leais ao governo, apoiadas por uma coligação militar internacional liderada pela da Arábia Saudita, contra rebeldes do norte e apoiados pelo Irão.
A guerra mergulhou o país na pior crise humanitária do Mundo, segundo a ONU.
"As partes estão a falar sobre uma libertação de prisioneiros bastante considerável, mas há ainda um certo acordo que deve ser encontrado relativamente às listas e às modalidades de implementação", afirmou à AFP Franz Rauchenstein, chefe da delegação do CICV na Iémen, sem fornecer números.
"Estamos a trabalhar em estreita colaboração com cada uma das partes para que isso aconteça. [Tenho] a esperança que isso ocorra dentro de alguns dias ou semanas. É claro que o CICV estaria pronto para implementar [o acordo] no plano logístico para apoiar todas as partes", acrescentou.
Durante as negociações sob a égide da ONU na Suécia, em 2018, os dois lados concordaram em trocar 15.000 prisioneiros e entregaram listas com os nomes.
Em fevereiro passado, na Jordânia, os representantes do governo e dos huthis concordaram com um plano detalhado para essa primeira troca de prisioneiros em larga escala desde o início do conflito.
Em mais de cinco anos, a guerra matou dezenas de milhares de pessoas -- principalmente civis -- de acordo com várias organizações humanitárias.
Cerca de 3,3 milhões de pessoas deslocadas vivem em campos onde as doenças proliferam devido à escassez de água.
Cerca de 24 milhões de iemenitas, mais de 80% da população, dependem de alguma forma de ajuda humanitária ou proteção para a sua sobrevivência, segundo a ONU.
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