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Primeiro-ministro iraquiano promete proteger e integrar a minoria yazidi

O primeiro-ministro iraquiano, Mustafa al Kazemi, prometeu hoje que os crimes contra a comunidade yazidi não se repetirão e que o Governo irá proteger e integrar esta minoria.

Primeiro-ministro iraquiano promete proteger e integrar a minoria yazidi
Notícias ao Minuto

23:59 - 03/08/20 por Lusa

Mundo Yazidi

Segundo um comunicado do gabinete de Kazemi, a promessa foi feita a um grupo de sobreviventes do genocídio perpetrado pelo grupo terrorista autoproclamado Estado Islâmico contra a comunidade yazidi.

O primeiro-ministro recebeu hoje vários sobreviventes da região de Sinyar, no noroeste do Iraque, onde os extremistas irromperam há seis anos, e começaram a raptar mulheres e crianças e a matar os homens.

Em poucos dias, a antiga comunidade yazidi foi deslocada e dizimada, o que, para Al Kazemi, representa uma "dor para o Iraque que não se repetirá".

O governante garantiu aos yazidis que o Iraque é o seu país e que o executivo está disposto a "tomar conta de todos os que fazem parte do povo iraquiano e a protegê-los".

Diferentes grupos étnicos e religiosos vivem juntos no Iraque e os yazidis são uma pequena minoria, cuja religião se baseia no zoroastrismo e estão frequentemente associados à comunidade curda, mesmo que nem todos eles aceitem essa associação.

O seu local de origem, a região Sinyar, encontra-se num território disputado entre o Governo de Bagdade e a região autónoma do Curdistão iraquiano, onde se refugiou a maioria dos yazidis deslocados.

Na segunda-feira passada, no aniversário do início do genocídio, Nadia Murad, ativista de yazidi e Prémio Nobel da Paz em 2018, denunciou a disputa entre as autoridades curdas e iraquianas como um entrave à reconstrução das cidades yazidis, onde os serviços básicos continuam a ser deficientes.

Embora alguns dos sobreviventes tenham regressado a casa, muitos não puderam fazê-lo, e quase 2.800 mulheres e crianças continuam desaparecidas ou em cativeiro, disse Murad.

Nadia Murad, que em 2014 foi sequestrada pelo grupo extremista Estado Islâmico no norte do Iraque (como outras milhares de mulheres e jovens menores da minoria yazidi) e vendida como escrava sexual, reuniu-se em maio com o primeiro-ministro, com quem conversou sobre a procura das muitas pessoas desta minoria sequestradas que ainda permanecem desaparecidas.

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