Alassane Ouattara escolheu como novo primeiro-ministro Hamed Bakayoko, que irá acumular com o cargo de ministro da Defesa, que detém desde 2017, mantendo nos cargos a maioria dos ministros da equipa anterior.

A única mudança foi a promoção de dois ministros delegados do primeiro-ministro no Governo anterior a cargos ministeriais completos com as mesmas pastas.

Moussa Sanogo torna-se assim ministro do Orçamento, responsável pela pasta do Estado, e Emmanuel Esmel Essis, ministro para a Promoção do Investimento Privado.

"Os outros ministros e secretários de Estado mantém-se nas respetivas funções", anunciou o secretário-geral da Presidência, Patrick Achi, que foi promovido a Ministro de Estado, ao ler o comunicado presidencial.

O novo Governo é nomeado três meses antes das eleições presidenciais de outubro, nas quais o falecido Ahmed Gon Coulibaly, um apoiante próximo de Ouattara, era o candidato designado do partido no poder.

Bakayoko, um pilar do regime de Ouattara, foi nomeado chefe de Governo em 30 de julho para substituir Ahmed Gon Coulibaly, depois de ter ocupado o cargo interinamente enquanto o chefe do executivo esteve em tratamentos em Paris.

A política da Costa do Marfim foi abalada pela morte inesperada de Amadou Gon Coulibaly, em 08 de julho.

Alassane Ouattara, que está no poder desde 2011 e tinha abdicado da sua candidatura para um terceiro mandato, está agora a ser pressionado pelo partido para concorrer, mas o anúncio da decisão tem vindo a ser adiado.

No domingo, o ex-ministro Albert Mabri Toikeusse, 58 anos, antigo aliado do Presidente Ouattara, declarou-se candidato, afirmando estar agora "na oposição".

O opositor Pascal Affi N'Guessan, 67 anos, próximo do Presidente deposto da Costa do Marfim Laurent Gbagbo também se declarou candidato para "fechar o parêntesis sangrento" das crises político-militares das duas últimas décadas na Costa do Marfim.

O antigo presidente (1993-1999) Henri Konan Bédié, 86 anos, foi nomeado candidato à presidência a 27 de julho com 99,7% dos votos pelo seu Partido Democrático da Costa do Marfim (PDCI), partido apoiante do Presidente Ouattara, que se tornou o principal movimento de oposição.

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