Meteorologia

  • 20 ABRIL 2024
Tempo
16º
MIN 15º MÁX 23º

Russos detidos em Minsk asseguram que iam para a América Latina

Os 33 cidadãos russos detidos na quarta-feira pelas autoridades bielorrussas e associados ao grupo militar privado Wagner asseguram que se dirigiam para um país da América Latina, afirmou hoje o cônsul russo na capital da Bielorrússia, Kiril Pletniov.

Russos detidos em Minsk asseguram que iam para a América Latina
Notícias ao Minuto

15:35 - 03/08/20 por Lusa

Mundo Bielorrússia

"Quero sublinhar que cada um dos detidos assegurou aos diplomatas russos que entrou no país [Bielorrússia] em trânsito", disse o cônsul à cadeia televisiva estatal russa Rossiya 1.

Segundo Pletniov, os 33 detidos deveriam ter saído de Minsk em 25 de julho num avião com destino a Istambul.

"O destino final era um país da América Latina", disse o cônsul, sem mais precisões.

As forças de segurança bielorrussas detiveram 32 russos num edifício dos arredores de Minsk, enquanto um outro foi capturado no sul do país.

Na sequência das detenções, o secretário de Estado do conselho de segurança da Bielorrússia, Andrei Ravkov, assegurou que as forças de segurança do seu país procuram outros 200 supostos mercenários russos.

Segundo Minsk, os supostos mercenários teriam como missão desestabilizar a situação no país com a aproximação das eleições presidenciais do próximo domingo.

Os detidos foram sujeitos a um processo penal por "preparação de ações terroristas", e com as autoridades ucranianas a assegurarem que muitos deles combateram no leste da Ucrânia ao lado dos separatistas pró-russos.

Dias antes da detenção destes alegados membros da Wagner, o Presidente da Bielorrússia, Aleksander Lukashenko, advertiu sobre a possibilidade de que mercenários pudessem desestabilizar a situação no país nas vésperas das eleições presidenciais, nas quais procura obter um sexto mandato consecutivo.

O Kremlin tem negado qualquer tentativa em desestabilizar a situação na vizinha Bielorrússia.

"Surgiram calúnias de que algumas organizações da Rússia enviam diversas pessoas para desestabilizar a situação na Bielorrússia. Obviamente, não passam de calúnias", indicou o porta-voz da presidência, Dmitri Peskov.

A campanha para a eleição presidencial foi marcada por uma violenta repressão e diversas detenções de opositores de Lukashenko e candidatos à eleição ou de manifestantes da oposição.

No poder desde 1994 e candidato, o líder bielorrusso acusou Moscovo de apoiar os seus opositores, uma alegação desmentida pelo Kremlin.

As relações entre a Rússia e a Bielorrússia são tradicionalmente cordiais, mas marcadas por momentos regulares de tensão relacionados com as disputas energéticas.

Nos últimos meses, Lukashenko tem, no entanto, multiplicado as declarações denunciando pressões russas, e acusando Moscovo de pretender tornar o seu país um vassalo e procurar manipular as eleições presidenciais.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório