Número de assassínios na África do Sul sobe 1,4%
A Polícia da África do Sul (SAPS, na sigla em inglês) registou um agravamento de 1,4% no número de assassínios no país nos últimos 12 meses, anunciou hoje o ministro da Polícia Bheki Cele.
© Reuters
Mundo África do Sul
No período de 1 de abril 2019 até 31 de março 2020, as forças policiais sul-africanas reportaram 21.325 homicídios no país, o que representa um aumento de 1,4% relativamente ao ano anterior, declarou.
Segundo as estatísticas oficiais divulgadas hoje, em Pretória, pelo ministro da Polícia, os assassínios em geral aumentaram cerca 37% desde 2011/2012.
O governante referiu que a província do KwaZulu-Natal, litoral do país, registou a taxa mais elevada deste tipo de crime (464 casos), seguida de Gauteng, com 60 casos, e de Mpumalanga, que faz fronteira com Moçambique, com meia centena de casos.
As forças policiais reportaram apenas cinco casos de xenofobia contra estrangeiros em Gauteng, motor da economia nacional, e três no KwaZulu-Natal, segundo os dados hoje divulgados.
Bheki Cele afirmou que as forças de segurança registaram 40 assassínios de agricultores, com maior incidência nas províncias do Cabo Oriental, sudeste do país, e do Estado Livre de Orange, região centro.
O governante salientou também que os crimes de índole sexual aumentaram em 1,7% na África do Sul, comparativamente ao ano anterior, com maior incidência para casos de violação, tendo a polícia registado 30.272 casos na via pública.
"É preocupante, tendo em conta que as instituições de ensino estão a ser palco de focos de violência sexual, com 380 casos de violação relatados em escolas, universidades, faculdades ou creches", adiantou Bheki Cele.
"A violência do género, os assassínios políticos e os assassínios em fazendas agrícolas são alguns dos crimes mais graves que assolam o país", salientou.
No seu relatório anual sobre a criminalidade no país, um dos mais violentos do mundo, o ministro da Polícia sul-africano indicou que os assaltos a empresas e o roubo de veículos aumentaram no ano passado em 3,3% e 13,3%, respetivamente.
Os assaltos a residências, no entanto, diminuíram 6,7% em relação ao ano anterior, enquanto o roubo de carros e o "hijacking" de camiões aumentou 13,3% e 1,7% respetivamente no período em análise, disse o ministro.
O ministro sublinhou que os assaltos a carrinhas de transporte de valores decresceram (-10.4%) e também os assaltos a bancos (-100%).
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