Ministra da Defesa alemã: É "lamentável" retirada de militares dos EUA

A ministra da Defesa alemã classificou hoje como "lamentável" o anunciado reposicionamento de milhares de militares norte-americanos atualmente destacados na Alemanha, evocando, ao mesmo tempo, a necessidade de a Europa canalizar mais esforços para a área securitária.

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© Reuters

Lusa
31/07/2020 13:37 ‧ 31/07/2020 por Lusa

Mundo

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Na quarta-feira, o Pentágono (Departamento de Defesa dos Estados Unidos) anunciou um plano para o reposicionamento de cerca de 12.000 militares norte-americanos atualmente destacados no território alemão: cerca de 6.400 elementos irão regressar a bases domésticas e cerca de 5.600 serão reposicionados em outros países europeus (Polónia, Bélgica e Itália).

Ainda na quarta-feira, o secretário de Defesa norte-americano, Mark Esper, declarou que esta decisão cumpre o desejo anunciado pelo Presidente dos Estados Unidos de retirar uma parte do contingente militar norte-americano da Alemanha, país (e Estado aliado na NATO) que Donald Trump acusa de não gastar o suficiente em defesa.

O plano, cujo futuro é ainda incerto uma vez que precisa do apoio e do financiamento do Congresso norte-americano, prevê que ainda fiquem cerca de 24.000 militares dos Estados Unidos da América (EUA) em solo alemão.

Num comunicado hoje divulgado, a ministra da Defesa alemã, Annegret Kramp-Karrenbauer, afirmou que tenciona convidar, perante "os planos lamentáveis da retirada de tropas dos EUA", os governadores dos estados federados alemães afetados para discutir as repercussões da decisão norte-americana.

O futuro encontro com os governadores, que será agendado para depois das férias de verão, pretende avaliar como os militares alemães podem apoiar as regiões, segundo explicou a ministra.

Na mesma nota, Annegret Kramp-Karrenbauer enfatizou a necessidade de uma maior integração europeia ao nível das políticas de segurança e defesa, afirmando esperar que a atual presidência semestral alemã do Conselho da União Europeia (UE) consiga alcançar progressos nesta matéria.

"Mantemos em vista a salvaguarda dos interesses alemães e europeus", declarou a ministra alemã.

"A verdade é que a qualidade de vida na Alemanha e na Europa depende cada vez mais da forma como nós próprios garantimos a nossa segurança", concluiu.

Até agora, a reação do Governo alemão aos planos dos EUA tem sido classificada como contida.

Uma das exceções foi Rolf Muetzenich, uma das figuras de destaque do Partido Social-Democrata (SPD), parceiro da coligação governamental alemã, que sugeriu esta semana que "as cooperações em matéria de armamento terão de ser avaliadas sob uma nova perspetiva".

 

 

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