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Militares acusados de matar 3 ativistas e ferir 13 pessoas em protesto

As tropas paquistanesas abriram hoje fogo durante uma manifestação de trabalhadores da minoria Pashtun quando estes exigiam a reabertura de um posto fronteiriço com o Afeganistão, matando pelo menos três pessoas e ferindo 13.

Militares acusados de matar 3 ativistas e ferir 13 pessoas em protesto
Notícias ao Minuto

20:52 - 30/07/20 por Lusa

Mundo Paquistão

A denúncia foi feita por ativistas dos direitos humanos, enquanto a polícia negou e disse que os manifestantes atacaram um posto de controlo na fronteira de Chaman.

Os manifestantes, maioritariamente elementos da minoria Pashtun, que tentavam chegar ao Afeganistão para trabalhar, tinham-se reunido perto do posto de fronteiriço, exigindo às autoridades que levantassem o encerramento da fronteira, fechada há meses como medida para evitar a propagação do novo coronavírus.

Testemunhas dizem que foram ouvidos tiros quando os manifestantes tentaram atravessar a fronteira à força e incendiaram uma instalação improvisada montada no local para pôr em isolamento pessoas infetadas com a doença covid-19.

Após o encerramento inicial da fronteira, em março, a passagem reabriu durante o dia, mas permaneceu fechada para os trabalhadores assalariados que viajam de dia para o Afeganistão e regressam a casa à noite.

Imagens tiradas por ativistas Pashtun e divulgadas nas redes sociais mostram fumo no posto fronteiriço e pessoas em camas hospitalares na cidade de Chaman.

Segundo a polícia, os manifestantes, apoiados pelo Movimento de Proteção de Pashtun, conhecido pelas suas críticas ao exército paquistanês, invadiram um posto de controlo fronteiriço. Um destacado ativista paquistanês, Farhatullah Babar, exigiu uma investigação.

Um oficial da polícia local, Mohammad Akhlaq, disse que depois de os manifestantes atearem fogo à ao espaço destinado ao isolamento, as tropas, que empunhavam bastões, empurraram os manifestantes para trás. No meio do caos foram ouvidos tiros.

O ministro do Interior, Mir Ziaullah Longove, frisou numa conferência de imprensa após o incidente que a polícia não abriu fogo contra os manifestantes, e insistiu, pelo contrário, que homens armados entre os manifestantes abriram fogo contra as tropas.

O Paquistão regista mais de 277 mil casos do novo coronavírus e 5.924 mortes, incluindo 32 nas últimas 24 horas.

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