"O Governo da Venezuela denuncia perante a comunidade internacional o saque e a vandalização de que foi alvo a sede consular em Bogotá, na República da Colômbia", explica um comunicado do ministério venezuelano das Relações Exteriores.

O documento, divulgado em Caracas, explica que "o Governo colombiano incorre em flagrante violação dos artigos 22 e 24 da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, ao permitir, por ação ou omissão a (sua) ocupação ilegal".

"A República Bolivariana da Venezuela considera o Governo da Colômbia responsável pela perda ou violação dos bens, arquivos e documentos, segundo o estabelecido no artigo 24 da Convenção de Viena", afirma.

O documento lembra que "no caso de uma rutura das relações diplomáticas entre dois Estados, ou se for finalizada definitiva ou temporariamente uma missão" o Estado "recetor será obrigado a respeitar e proteger, mesmo em caso de conflito armado, as instalações da missão, bem como os seus bens e arquivos".

"A República Bolivariana da Venezuela reserva-se às ações diplomáticas recíprocas a que houver lugar para compensar esse ataque inaceitável às instalações da missão venezuelana na República da Colômbia", conclui o comunicado.

Entretanto a imprensa venezuelana divulgou várias imagens do que seria o interior do consulado venezuelano, nas quais é possível ver restos de material pelo chão, vidros partidos, gavetas e documentos danificados.

As relações entre a Venezuela e a Colômbia, que nos últimos anos têm passado por momentos de tensão, complicaram-se desde que em finais de janeiro de 2019 o Presidente da Colômbia, Iván Duque Márquez declarou apoiar o líder opositor Juan Guaidó.

A 23 de janeiro de 2019 o presidente da Assembleia Nacional (parlamento) da Venezuela, o opositor Juan Guaidó, jurou publicamente assumir as funções de presidente interino do seu país, até afastar o Presidente Nicolás Maduro do poder, convocar um governo de transição e marcar eleições livres no país.

Segundo a imprensa venezuelana o consulado da Venezuela em Bogotá está inativo desde fevereiro de 2019.

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