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Borissov promove remodelação ministerial para responder a manifestantes

O primeiro-ministro conservador búlgaro, Boiko Borissov, confirmou hoje uma ampla remodelação governamental com o objetivo de apaziguar os protestos contra o seu governo, e quando ainda não decidiu sobre a candidatura a um quarto mandato em 2021.

Borissov promove remodelação ministerial para responder a manifestantes
Notícias ao Minuto

14:41 - 23/07/20 por Lusa

Mundo Bulgária

No poder desde há quase dez anos, Borissov substituiu os titulares de cinco pastas ministeriais que concentravam desde há 15 dias os principais protestos dos manifestantes, que acusam o poder conservador de imobilismo e envolvimento em diversos casos de corrupção.

Às demissões dos ministros das Finanças, da Economia e do Interior, decididas na semana passada mas ainda não concretizadas, associaram-se hoje os ministros da Saúde e do Turismo.

O chefe do Governo, igualmente líder da principal formação de direita (Gerb), deixou por sua vez entender que poderá abdicar de se apresentar às próximas legislativas.

"Após este mandato, vou dirigir o meu partido e consolidar as suas estruturas", declarou, precisando que pretende concluir o seu mandato, que termina em março de 2021.

No poder desde 2009, com duas curtas interrupções, Boiko Borissov esta confrontado desde há duas semanas com um movimento de protesto contra o clientelismo e as nebulosas ligações de diversos oligarcas com a maioria no poder, uma coligação entre conservadores e nacionalistas.

O ministro das Finanças cessante, Vladislav Goranov, é acusado de ter tolerado fraudes fiscais no setor dos jogos de azar num valor de 350.000 euros em quatro anos.

O ministro do Interior, Mladen Marinov, é considerado responsável pelas violências policiais dos últimos dias contra os manifestantes, que organizaram protestos diários antigovernamentais no centro de Sófia.

A ministra do Turismo, Nikolina Anguelkova, foi criticada por profissionais do setor pela sua gestão da crise relacionada com o coronavírus, e quando a epidemia regista uma aceleração na Bulgária. Hoje, foram recenseados 330 novos casos, contra 20 a 40 casos por dia durante o período de confinamento.

A remodelação ministerial deve ser confirmada pelo parlamento na sexta-feira.

O movimento de protesto parece registar os primeiros sinais de desmobilização, com um número inferior de manifestantes nos últimos dias, indicou a agência noticiosa AFP.

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