Meteorologia

  • 25 ABRIL 2024
Tempo
15º
MIN 13º MÁX 19º

Moçambique admite dificuldades para conter infeções devido à violência

O Governo moçambicano admitiu dificuldades para conter as infeções pelo novo coronavírus em Cabo Delgado devido a movimentação de pessoas deslocadas na sequência da violência armada naquela província do norte do país.

Moçambique admite dificuldades para conter infeções devido à violência
Notícias ao Minuto

14:33 - 22/07/20 por Lusa

Mundo Moçambique

"Fizemos uma ronda pelos bairros para ver qual é a situação e constatamos que o número de pessoas na mesma casa chega a 20, 30 e até mesmo 50", disse Armindo Ngunga, secretário de Estado da província de Cabo Delgado, citado hoje pelo canal privado STV.

Para o secretário, uma das maiores dificuldades que se coloca para o executivo moçambicano no combate às infeções pelo novo coronavírus naquela província é a redução da circulação de pessoas.

A província de Cabo Delgado é desde outubro de 2017 palco de ações de grupos armados, que, de acordo com as Nações Unidas, forçaram à fuga de 250.000 pessoas.

A capital provincial, Pemba, tem sido o principal refúgio para as pessoas que procuraram abrigo e segurança em Cabo Delgado, mas há quem prefira fugir para outros lugares, incluindo Nampula, província vizinha.

Parte das populações que se deslocam das zonas afetadas pela violência armada em Cabo Delgado hospedam-se em casa de amigos e familiares, observou.

"Nessas condições nem vale a pena pensar que as pessoas vão ficar em casa", refere Ngunga.

A cidade de Pemba é o segundo ponto declarado como de transmissão comunitária do novo coronavírus, a 21 de junho, na sequência da rápida evolução do número de infeções naquela cidade.

A província de Cabo Delgado é a segunda que regista o maior número de casos ativos de infeção pelo novo coronavírus no país, com 208 casos, antecedida por Nampula, com 229.

Moçambique regista, até ao momento, um total de 1.536 casos positivos de covid-19, 11 óbitos e 506 recuperados.

O conflito já matou, pelo menos, 1.000 pessoas, e algumas das ações dos grupos armados têm sido reivindicadas pelo grupo 'jihadista' Estado Islâmico (EI).

Recomendados para si

;
Campo obrigatório