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Credores rejeitam proposta argentina. "É-nos impossível mudar"

Os credores da Argentina rejeitaram na segunda-feira uma proposta das autoridades do país para reestruturar a dívida de 66 mil milhões de dólares (cerca de 57,7 mil milhões de euros), mas o Presidente do país considerou impossível modificá-la.

Credores rejeitam proposta argentina. "É-nos impossível mudar"
Notícias ao Minuto

00:59 - 21/07/20 por Lusa

Economia Argentina

"A oferta da Argentina não é suficiente face ao que os grupos de credores podem aceitar", de acordo com um comunicado dos credores citado pela agência France-Presse (AFP), emitido a poucas semanas da data limite de 04 de agosto, fixada por Buenos Aires, para os detentores de obrigações argentinas aceitarem ou rejeitarem a proposta.

Segundo a AFP, os credores não apresentaram o conteúdo da sua proposta.

Em reação, o Presidente da Argentina, Alberto Fernández (Partido Justicialista, peronista), disse que é "impossível" modificar a proposta do seu Governo.

"É-nos impossível mudar a nossa proposta anterior. O facto de sugerir uma proposta melhor comprometeria desde logo o futuro", disse o Presidente argentino em declarações à televisão pública do país.

A Argentina procurava regularizar a sua dívida, mas a 'bola' "está do lado dos credores", disse também o ministro das Finanças, Martín Guzmán, numa entrevista recente.

"Na oferta que fizemos, atingimos o limite do que a Argentina pode fazer para cuidar da economia argentina e, ao mesmo tempo, procurar um acordo com os nossos credores", acrescentou o ministro.

Em 07 de julho, o Governo argentino tinha apresentado uma nova proposta de reestruturação, depois de discussões lançadas em abril que foram prolongadas por diversas vezes, e deveriam terminar em 24 de julho, mas o prazo foi adiado para 04 de agosto.

A proposta do executivo de Buenos Aires consistia em 53,5 de dólares de cobertura por cada 100 dólares de valor nominal das obrigações, ao passo que a oferta inicial era de 39 dólares, tendo sido rejeitada pela maioria dos credores. 

Além disso, o período de carência era reduzido de três para um ano.

Após a apresentação do Governo argentino, dois dos três grupos de credores disseram estar insatisfeitos com a nova oferta, mas consideravam-na "a base de um acordo construtivo".

A Argentina, terceira maior economia da América Latina, falhou um prazo de pagamento de dívida de 500 milhões de dólares (cerca de 437 milhões de euros) em 22 de abril, antes de entrar, um mês depois, oficialmente em falência ('default').

Apesar dessa falência, as negociações entre as partes continuaram.

As negociações envolvem obrigações que datam de 2005 e 2010, produto de uma reestruturação precedente, e abrangem também títulos emitidos a partir de 2016.

Mas a margem de manobra do Governo é reduzida, com a economia em recessão desde 2018, uma taxa de pobreza de 35% e uma inflação que atingiu 53% em 2019, sem ter em conta as consequências da pandemia de covid-19.

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