"O FBK [Fundo de Luta contra a Corrupção] foi alvo de uma busca", indicou na rede social Twitter o advogado da organização Alexandre Golovatch, que publicou um vídeo de agentes da polícia a entrarem nas instalações.

Na sua conta na rede social Instagram, Navalny afirmou por sua vez que depôs perante o poderoso Comité de Investigação no âmbito de um caso de difamação, e que dois apartamentos que utiliza também foram revistados pela polícia.

"É necessário combater este regime repulsivo", disse Navalny, 44 anos, sujeito a uma proibição de deixar Moscovo.

Segundo o opositor, esta proibição de sair da capital destina-se a impedi-lo de percorrer a Rússia para promover uma tática de voto para que os candidatos da Rússia Unida, o partido no poder, sejam afastados dos seus postos nas eleições regionais de setembro.

Este sistema consiste em convencer os eleitores a votarem em qualquer candidato que tenha condições de derrotar os que são apoiados pelo Kremlin.

"Trata-se de um verdadeiro combate, e é possível uma verdadeira vitória", considerou o líder da oposição.

"Para o Kremlin é um pretexto prático para controlarem as nossas instalações e paralisar o nosso trabalho. Não vão consegui-lo", declarou em paralelo Lyubov Sobol, uma dirigente do FBK e próxima de Navalny.

O Comité de Investigação russo iniciou um inquérito por difamação contra Navalny, acusado de difundir informações "falsas" e "injuriosas para a honra e a dignidade" de um antigo combatente da Segunda Guerra Mundial, que na televisão exprimiu o seu apoio ao referendo constitucional de 01 de julho, consulta que reforçou os poderes de Vladimir Putin.

Navalny e a sua organização foram submetidos a diversas buscas em 2019, e ao congelamento de bens.

Para o opositor, tratou-se de represálias por ter organizado um movimento de contestação no verão de 2019, quando se aproximavam as eleições em Moscovo.

Este escrutínio ficou assinalado pelos maus resultados obtidos por numerosos candidatos apoiados pelo Kremlin.

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