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Última homenagem a PM da Costa do Marfim juntou 10 mil militantes

Cerca de 10.000 militantes do partido do malogrado primeiro-ministro da Costa do Marfim, Amadou Gon Coulibaly, candidato nomeado para as eleições presidenciais de outubro, reuniram-se hoje para uma última homenagem ao político, que morreu em 08 de julho.

Última homenagem a PM da Costa do Marfim juntou 10 mil militantes
Notícias ao Minuto

19:13 - 15/07/20 por Lusa

Mundo Costa do Marfim

Segundo relatou a agência France-Presse, vários militantes da União dos Houphouëtistas para a Democracia e a Paz presentes no Palácio dos Desportos de Abidjan, na capital costa-marfinense, estavam vestidos de branco, com camisolas com a efígie do "Leão", alcunha de Gon Coulibaly, ou "AC".

O Presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara, falou pela primeira vez sobre a morte do primeiro-ministro, que considerava um "filho".

"Depois da dor, não podia deixar de falar (...) Amadou, eu também te amo", afirmou Ouattara, respondendo a uma mensagem de afeto proferida pelo malogrado primeiro-ministro costa-marfinense no seu regresso de França, em 02 de julho.

Amadou Gon Coulibaly morreu em 08 de julho, aos 61 anos, numa clínica em Abidjan, para onde tinha sido transferido após se ter sentido mal durante uma reunião do Conselho de Ministros.

Gon Coulibaly tinha regressado à Costa do Marfim em 02 de julho, após quase dois meses em França, onde foi submetido a exames médicos relacionados com problemas de coração.

Gon Coulibaly foi operado ao coração há alguns anos e, em finais de março, esteve em confinamento por ter estado em contacto com uma pessoa que testou positivo para o novo coronavírus, mas, entretanto, tinha já retomado a sua atividade.

O atual primeiro-ministro tinha sido designado candidato às eleições presidenciais pelo partido do Presidente costa-marfinense após este ter, em março, renunciado a disputar um terceiro mandato.

A sua morte súbita relançou as cartas do jogo político na Costa do Marfim, com alguns observadores a adiantarem que o partido do poder, a União dos Houphouëtistas para a Democracia e a Paz não tem "um plano B" e que a "única solução prevista é uma nova candidatura de Ouattara".

O Partido Democrático da Costa do Marfim, na oposição, anunciou a candidatura de Henri Konan Bédié, de 86 anos.

O outro grande grupo de oposição, a Frente Popular da Costa do Marfim (FPI), ainda não revelou o seu candidato, numa altura em que o seu fundador, o antigo presidente Laurent Gbagbo (no poder de 2000 a 2010), está em liberdade condicional depois de ter sido absolvido pelo Tribunal Penal Internacional.

Vários membros do seu partido apontam o seu nome como um possível candidato, mas o seu regresso à Costa do Marfim é incerto.

A concretizarem-se estas candidaturas, as eleições de outubro poderiam repetir os protagonistas das presidenciais de 2010, que levaram a uma violenta crise pós-eleitoral que durou vários meses e causou 3.000 mortes.

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