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China vai proteger empresas após ameaças dos EUA contra abusos

Governo chinês avisou hoje que vai proteger as empresas chinesas, depois de os Estados Unidos terem afirmado que estas podem enfrentar problemas legais caso participem em abusos dos direitos humanos na região de Xinjiang.

China vai proteger empresas após ameaças dos EUA contra abusos
Notícias ao Minuto

06:56 - 15/07/20 por Lusa

Mundo China-EUA

A posição dos EUA surgiu numa altura de crescente tensão entre os dois países, em torno dos direitos humanos, do comércio ou do estatuto de Hong Kong.

Washington apontou abusos perpetuados pelos Partido Comunista Chinês contra membros da minoria étnica chinesa de origem muçulmana uigur, incluindo a detenção em massa e trabalho forçado.

O Ministério do Comércio chinês acusou Washington de se intrometer nos assuntos internos da China e de usar indevidamente reclamações sobre os direitos humanos para "suprimir as empresas chinesas".

"Isto é mau para a China, mau para os Estados Unidos e mau para o mundo inteiro", sublinhou, em comunicado, o Ministério.

"A China apela fortemente aos EUA para que parem com as suas más ações", disse o Ministério. "A China tomará as medidas necessárias para salvaguardar resolutamente os direitos e interesses legítimos das empresas chinesas", garantiu.

Os Estados Unidos advertiram que empresas que lidam com mercadoria feita por trabalho forçado ou fornecem tecnologia que pode ser usada em campos de trabalho forçado ou para vigilância podem enfrentar "riscos reputacionais, económicos e legais", mas sem especificar.

De acordo com organizações não-governamentais de defesa dos direitos humanos, a China deteve cerca de um milhão de uigures em campos de doutrinação política. Pequim descreveu as instalações como centros de treino vocacional destinados a combater o radicalismo islâmico e tendências separatistas.

O Governo chinês afirmou que estas instalações já foram encerradas.

Antigos detidos e respetivos familiares afirmaram que os detidos são forçados, muitas vezes sob a ameaça de violência, a negar religião, cultura e idioma e a jurar lealdade ao líder do Partido Comunista e Presidente da China, Xi Jinping.

Os EUA impuseram já sanções contra quatro altos quadros de Xinjiang.

Em resposta, Pequim anunciou sanções contra três deputados e um diplomata norte-americanos críticos das políticas do Partido Comunista em relação a minorias étnicas e à ausência de liberdade religiosa no país.

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