O Ministério do Interior do estado federado de Hesse (centro) anunciou que o comandante da polícia regional, Udo Münch, pediu a reforma antecipada, assumindo ter omitido do ministro as suspeitas que existiam sobre agentes que comandava.
Segundo o ministro do Interior regional, Peter Beuth, Münch assumiu com este acto a responsabilidade por erros "pelos quais não deve responder sozinho".
Uma deputada do partido da oposição A Esquerda (Die Linke), Janine Wissler, recebeu recentemente 'emails' ameaçadores com a assinatura "NSU 2.0", uma aparente referência ao grupo de extrema-direita "Nacional Socialismo Clandestino", que entre 2000 e 2007 matou dez pessoas, maioritariamente imigrantes.
Outras pessoas, políticos, uma artista e uma advogada, foram posteriormente também ameaçadas e recentemente foi descoberto que os dados pessoais de pelo menos três dos visados foram obtidos através de um computador da polícia de Hesse, o que sugere que o movimento extremista tem cúmplices na polícia.
O governo regional ordenou uma investigação ao caso.
A região de Hesse é considerada um bastião da extrema-direita, depois do assassínio, há cerca de um ano, de um autarca pró-imigração, Walter Lübcke.
Foi também nesta região que um homem matou em fevereiro nove pessoas de origem estrangeira a tiro.