Kiev contesta tese iraniana de "erro humano" no caso do Boeing abatido
A Ucrânia contestou hoje a tese iraniana de que um "erro humano", a incorreta regulação de um radar militar, é o "elemento chave" na tragédia com o Boeing ucraniano abatido a 8 de janeiro perto de Teerão.
© Reuters
Mundo Ucrânia
"A Ucrânia não pode estar de acordo" com a tese de que "o avião foi abatido devido a um erro humano", declarou o ministro dos Negócios Estrangeiros, Dmytro Kuleba.
"Impor interpretações é um erro", é necessário primeiro "concentrar-se em estabelecer os factos", sublinhou o chefe da diplomacia da Ucrânia, país de cuja nacionalidade era a tripulação do avião em que seguiam 176 pessoas que morreram.
Kiev vai "fazer tudo para que o Irão pague o preço mais alto" pela tragédia, disse ainda o ministro.
Depois de se ter oposto durante bastante tempo, Teerão declarou-se pronto a negociar indemnizações ligadas ao acidente aéreo, segundo a mesma fonte.
Uma delegação iraniana é esperada em Kiev entre 20 e 30 de julho, precisou Kuleba.
Um relatório da Aviação Civil iraniana divulgado no sábado identificou a incorreta regulação de um radar militar devido a um "erro humano" como "o elemento chave" na origem da catástrofe.
Um alto responsável ucraniano que não quis ser identificado disse à agência France Presse que aquela versão não era "particularmente credível", devido ao elevado número de versões avançadas e depois alteradas por Teerão.
As forças armadas iranianas reconheceram a 11 de janeiro ter abatido "por erro" três dias antes o Boeing que assegurava o voo PS 752 da Ukraine International Airlines entre Teerão e Kiev, pouco depois do avião ter descolado do aeroporto internacional da capital iraniana.
Morreram todas as 176 pessoas que seguiam a bordo do avião, na maioria iranianos e canadianos. Os 11 membros da tripulação eram ucranianos.
A análise das caixas negras do avião deve começar a 20 de julho em França.
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