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Sete crianças e duas mulheres mortas em ataque aéreo no Iémen

Sete crianças e duas mulheres foram mortas num ataque aéreo que também feriu outros quatro civis em Haja, no norte do Iémen, devastado pela guerra, anunciou hoje o Escritório das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

Sete crianças e duas mulheres mortas em ataque aéreo no Iémen
Notícias ao Minuto

20:12 - 13/07/20 por Lusa

Mundo Iémen

Localizado perto da capital Sanaa, Haja é uma linha da frente entre as forças do governo - apoiadas por uma coligação militar liderada pela Arábia Saudita - e os rebeldes xiitas Huthis, apoiados pelo Irão e que controlam uma parte do norte, incluindo Sanaa, desde 2014.

"Os relatórios iniciais no terreno indicam que, a 12 de julho, um ataque aéreo matou sete crianças e duas mulheres. Duas outras crianças e duas mulheres ficaram feridas", pode ler-se no comunicado do OCHA (sigla em inglês).

Lise Grande, a coordenadora humanitária da ONU no Iémen, afirmou que "é incompreensível que, a meio da pandemia covid-19, num momento em que as opções para um cessar-fogo estão prestes a materializar-se, os civis continuem a ser mortos no Iémen".

As partes envolvidas no conflito são acusadas pelos especialistas da ONU de terem cometido uma "multitude de crimes de guerra". A Arábia Saudita, que controla o espaço aéreo e realiza os ataques desse tipo, tem sido repetidamente acusada de atingir civis.

Na segunda-feira, a coligação que lidera reconheceu a "possibilidade de baixas civis" durante uma operação contra os Huthis a 12 de julho, em Haja. O caso foi transferido para uma equipa responsável por examinar esse tipo de "incidente".

A coligação anunciou também que as suas forças "intercetaram e destruíram sete drones [aviões não tripulados] e quatro mísseis balísticos" lançados pelos Huthis em direção à Arábia Saudita, numa tentativa de atingir "civis e bens de caráter civil".

Quase mil vítimas civis ligadas ao conflito foram registadas nos primeiros seis meses de 2020, segundo o OCHA.

O conflito já matou dezenas de milhares, a maioria civis, segundo as organizações humanitárias.

A ONU considera a situação no Iémen a pior crise humanitária do mundo, com quase 80% da população, ou seja, mais de 24 milhões de habitantes, com necessidade de algum tipo de ajuda ou proteção.

É provável que o país se encontre de novo no limiar da "fome" e a ONU não tenha os "recursos necessários" para evitar a catástrofe, alertou Lise Grande, na semana passada.

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