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Tribunal de Israel rejeita acusação sobre uso de tecnologia da NSO

Um tribunal israelita rejeitou o pedido para que seja retirada a licença de exportação à polémica empresa tecnológica NSO Group suspeita de vigiar jornalistas e dissidentes políticos em todo o mundo.

Tribunal de Israel rejeita acusação sobre uso de tecnologia da NSO
Notícias ao Minuto

13:36 - 13/07/20 por Lusa

Mundo Espionagem

Em janeiro, a Amnistia Internacional processou a empresa israelita NSO por vender tecnologia a países estrangeiros, nomeadamente a regimes repressivos. 

O tribunal de Telavive determinou que os advogados de acusação e a organização não-governamental não apresentaram provas suficientes sobre tecnologia usada para detetar e vigiar ativistas através de aplicações de telemóvel e computadores. 

"A autorização (à empresa) foi concedida após um rigoroso processo", disseram os juízes acrescentando que se os direitos humanos forem violados a licença pode ser cancelada. 

A decisão do tribunal israelita foi tomada no domingo e comunicada hoje.

A Amnistia Internacional ainda não comentou a deliberação do tribunal de Telavive. 

As denuncias remontam a 2018 altura em que a Amnistia Internacional (AI) denunciou alegados atos de espionagem em computadores de funcionários da organização não-governamental com sede em Londres, assim como telefones móveis.  

De acordo com a AI, a empresa NSO usa o 'spyware' Pegasus para controlar as câmaras e microfones dos telemóveis assim como acede a informações escritas e aos contactos através das redes sociais.

A companhia israelita foi acusada de vender sistemas de vigilância a governos repressivos que os usam contra dissidentes e oposicionistas políticos.

Sem especificar, a AI refere-se a Estados no Médio Oriente e da América Latina. 

A empresa indicou que vende tecnologia a governos com quem Israel mantém relações para os ajudar a combater o crime e o terrorismo. 

Num relatório publicado em junho, a Amnistia Internacional disse que o telefone do jornalista marroquino Omar Radi foi espiado com recurso à tecnologia desenvolvida pela NSO pelo governo de Rabat na campanha contra a oposição e dissidentes políticos. 

Um dissidente saudita afirmou recentemente que a tecnologia da NSO foi usada no assassínio do jornalista da Arábia Saudita, Jamal Khashoggi, em 2018.

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