Tribunal de Israel rejeita acusação sobre uso de tecnologia da NSO
Um tribunal israelita rejeitou o pedido para que seja retirada a licença de exportação à polémica empresa tecnológica NSO Group suspeita de vigiar jornalistas e dissidentes políticos em todo o mundo.
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Mundo Espionagem
Em janeiro, a Amnistia Internacional processou a empresa israelita NSO por vender tecnologia a países estrangeiros, nomeadamente a regimes repressivos.
O tribunal de Telavive determinou que os advogados de acusação e a organização não-governamental não apresentaram provas suficientes sobre tecnologia usada para detetar e vigiar ativistas através de aplicações de telemóvel e computadores.
"A autorização (à empresa) foi concedida após um rigoroso processo", disseram os juízes acrescentando que se os direitos humanos forem violados a licença pode ser cancelada.
A decisão do tribunal israelita foi tomada no domingo e comunicada hoje.
A Amnistia Internacional ainda não comentou a deliberação do tribunal de Telavive.
As denuncias remontam a 2018 altura em que a Amnistia Internacional (AI) denunciou alegados atos de espionagem em computadores de funcionários da organização não-governamental com sede em Londres, assim como telefones móveis.
De acordo com a AI, a empresa NSO usa o 'spyware' Pegasus para controlar as câmaras e microfones dos telemóveis assim como acede a informações escritas e aos contactos através das redes sociais.
A companhia israelita foi acusada de vender sistemas de vigilância a governos repressivos que os usam contra dissidentes e oposicionistas políticos.
Sem especificar, a AI refere-se a Estados no Médio Oriente e da América Latina.
A empresa indicou que vende tecnologia a governos com quem Israel mantém relações para os ajudar a combater o crime e o terrorismo.
Num relatório publicado em junho, a Amnistia Internacional disse que o telefone do jornalista marroquino Omar Radi foi espiado com recurso à tecnologia desenvolvida pela NSO pelo governo de Rabat na campanha contra a oposição e dissidentes políticos.
Um dissidente saudita afirmou recentemente que a tecnologia da NSO foi usada no assassínio do jornalista da Arábia Saudita, Jamal Khashoggi, em 2018.
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