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Grupo de 83 migrantes intercetado e detido pela guarda costeira líbia

A Organização Internacional para as Migrações (OIM) divulgou hoje que a guarda costeira da Líbia intercetou, na noite passada, ao largo das costas do país, um grupo de 83 migrantes que foi posteriormente transportado para um centro de detenção.

Grupo de 83 migrantes intercetado e detido pela guarda costeira líbia
Notícias ao Minuto

19:04 - 12/07/20 por Lusa

Mundo Migrações

A porta-voz da OIM, Safa Msehli, precisou que estes migrantes, que tentavam fazer a travessia do Mediterrâneo em direção à Europa, foram intercetados junto à cidade de Garabouli e foram transportados posteriormente para o centro de detenção de Souq al-Khamis, em Khoms, cidade localizada a 120 quilómetros a leste de Tripoli (capital líbia).

De acordo com a representante da agência da Organização das Nações Unidas (ONU), a maioria dos 83 migrantes era proveniente do Sudão e da Eritreia.

Uma mulher migrante integrava o grupo intercetado.

No total, cerca de 6.000 migrantes já foram intercetados e levados de volta para a Líbia, país que não é considerado um porto seguro, desde o início deste ano, segundo precisou Safa Msehli.

A Líbia tornou-se nos últimos anos uma placa giratória para centenas de milhares de migrantes, sobretudo africanos e árabes que tentam fugir de conflitos, violência e da pobreza, que procuram alcançar a Europa através do mar Mediterrâneo.

Devido à situação do país, imerso num caos político e securitário desde a queda do regime de Muammar Kadhafi em 2011, a Líbia tem sido igualmente um terreno fértil para as redes de tráfico ilegal de migrantes e de situações de sequestro, tortura e violações.

A maioria dos migrantes tenta fazer a travessia do Mediterrâneo em botes de borracha mal equipados e muito precários em termos de segurança.

O território líbio integra a chamada rota migratória do Mediterrâneo Central, que sai da Argélia, Tunísia e Líbia em direção à Itália e a Malta.

Segundo as mais recentes estimativas da OIM, divulgadas em abril, mais de 20 mil pessoas terão morrido durante a travessia da rota migratória do Mediterrâneo desde 2014.

Ao longo dos últimos anos, a União Europeia (UE) apoiou a guarda costeira líbia e outras forças locais para tentar conter a saída de migrantes em direção à Europa.

Várias organizações não-governamentais de defesa dos direitos humanos sempre denunciaram que tais esforços tinham deixado os migrantes à mercê de grupos armados locais ou retidos em centros de detenção sobrelotados e com condições de vida muito precárias.

Em fevereiro, a UE acordou trocar a missão de patrulhamento e de controlo do fluxo de migrantes no Mediterrâneo (designada como Sophia) por uma missão que visa bloquear a entrada de armas na Líbia e cumprir o embargo imposto pelo Conselho de Segurança da ONU, encarado como essencial para travar o conflito civil em curso no território líbio.

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