Dois mortos em confrontos na fronteira entre a Arménia e o Azerbaijão
O Azerbaijão e a Arménia trocaram hoje acusações sobre a autoria de um ataque militar ocorrido este domingo na fronteira dos dois países, incidente que fez pelo menos dois mortos e cinco feridos entre as forças de Baku.
© Getty Images
Mundo Arménia
"As forças armadas arménias passaram à ofensiva, apoiadas por fogo de artilharia. Após um contra-ataque, recuaram e sofreram baixas. Dois militares do Azerbaijão foram mortos e cinco ficaram feridos", informou o Ministério da Defesa do executivo de Baku, num comunicado citado pelas agências internacionais.
O ministério precisou que os combates ocorreram na região de Tavush, no nordeste da Arménia.
Por seu lado, as autoridades de Erevan (capital da Arménia) acusaram o Azerbaijão de ter iniciado "um ataque de artilharia com o objetivo de capturar posições arménias".
Os militares do Azerbaijão "foram expulsos com o registo de baixas" e "não foram registadas baixas entre as forças arménias", disse a porta-voz do Ministério da Defesa arménio, Sushan Stepanian, numa mensagem divulgada através da rede social Facebook, igualmente citada pelas agências internacionais.
A Arménia e o Azerbaijão estão envolvidos num clima de conflito há quase três décadas por causa da disputa da região separatista de Nagorno-Karabakh.
No entanto, os confrontos registados hoje entre estes dois países do Cáucaso ocorreram longe desta região disputada.
Enclave situado geograficamente no território do Azerbaijão - que periodicamente ameaça retomar à força o controlo da região -, Nagorno-Karabakh é, desde 1994, controlada por separatistas arménios, com o apoio da Rússia e do governo de Erevan.
Ao longo de vários anos, entre o final da década de 1980 e a década de 1990, os dois países travaram uma guerra que terá feito cerca de 30 mil mortos.
Um cessar-fogo seria alcançado em 1994.
Desde então, as negociações para um tratado de paz têm sido patrocinadas pelo Grupo de Minsk, um grupo de mediadores internacionais copresidido pela Rússia, França e Estados Unidos.
Na terça-feira, o Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliev, declarou que tinha o direito de recorrer às armas e ameaçou abandonar as negociações de paz.
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