Brexit. Reino Unido prevê gastar 768 milhões de euros nas fronteiras
O Reino Unido anunciou hoje um pacote de 705 milhões de libras (768 milhões de euros) destinado ao reforço das suas fronteiras para preparar o processo de transição pós-Brexit até ao fim do ano.
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Mundo Brexit
Num artigo publicado no Sunday Telegraph, o ministro de Estado, Michael Gove, referiu que este montante permitirá assegurar que "as novas fronteiras" do país fiquem prontas para o controlo do Reino Unido.
Questionado hoje pela Sky News, o governante afirmou que o controlo de fronteiras arranca em 01 de janeiro de 2021, após o fim do período de transição, iniciado em 31 de janeiro passado, para permitir aos dois parceiros negociar as relações após o Brexit (saída da União Europeia).
O investimento, que inclui despesas a contratação de cerca de 500 agentes da polícia para as fronteiras e infraestruturas, vai tornar as fronteiras inglesas "as mais eficazes do mundo até 2025", afirmou Michael Gove.
"Quer Londres e Bruxelas cheguem ou não a acordo sobre a sua relação pós-Brexit, estaremos fora do mercado comum e da união aduaneira", sublinhou.
Uma nova ronda de negociações com a União Europeia deverá começar em 20 de julho em Londres.
À BBC, Michael Gove falou de "progresso", apesar das "divisões" que restam, explicando que está "otimista" sem estar "excessivamente entusiasmado".
O ministro mostrou-se tranquilo quanto a um e-mail no qual a ministra do Comércio Internacional, Liz Truss, adverte que o plano adotado pelo Governo corre o risco de promover contrabando e prejudicar o país no contexto internacional.
No correio eletrónico endereçado a Gove e ao ministro das Finanças, Rishi Sunak, e divulgado pelo 'site' Business Insider, a ministra destaca a abordagem gradual do Governo britânico, nos casos em que o controlo sobre bens importados da União Europeia não vai ser implementado de imediato, mas antes vai ser "vulnerável" a processos perante a Organização Mundial do Comércio.
"Faz parte do processo natural, num Governo, que um ministro ponha em prática propostas" de outro, disse Michael Gove.
O Governo vai também lançar uma vasta campanha de informação para empresas e cidadãos e "aproveitar as oportunidades" que o acredita que vão surgir com a saída do Reino Unido da União Europeia, votada no referendo de junho de 2016.
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