Pró-democracia realizaram votação para nomearem candidatos às eleições
Os partidos pró-democracia em Hong Kong realizaram hoje primárias para nomearem os seus candidatos para as eleições parlamentares de setembro, apesar dos avisos das autoridades de que corriam o risco de violar a nova lei de segurança.
© Reuters
Mundo Hong Kong
Milhares de pessoas fizeram fila ao calor do verão, fora das mesas de voto não-oficiais, para votarem.
No dia anterior, a polícia tinha invadido os escritórios de um instituto de sondagens envolvido na organização das primárias.
"Quanto mais oprimido é o povo de Hong Kong, mais ele resiste", disse o ativista pró-democracia Benny Tai, professor de Direito e coorganizador das primárias, que estava a votar numa das 250 mesas de voto.
De acordo com os organizadores, quando as mesas de voto fecharam, às 21:00 locais, 230.000 pessoas tinham votado, mais do que o esperado. A votação deverá continuar no domingo.
"Atingimos a meta mínima que nos propusemos, mas não é suficiente. Quanto mais pessoas vierem votar nas primárias, mais válidas serão", afirmou um dos organizadores, o antigo deputado pró-democracia Au Nok-hin, hoje à noite (em Hong Kong).
"Segundo a nova lei de segurança nacional, ninguém sabe quantos candidatos pró-democracia serão autorizados a concorrer nas próximas eleições LegCo", do conselho legislativo, disse à agência France-Presse um eleitor de 34 anos, que se apresentou pelo nome de Poon, numa das mesas do bairro de Tseung Kwan.
O eleitor admitiu que os candidatos "poderão ser desqualificados pelo Governo ao abrigo da nova lei".
"Aprecio cada oportunidade que ainda temos de votar no candidato da minha escolha e espero que o povo de Hong Kong possa mostrar ao Governo que não vai dobrar o joelho", acrescentou.
Na quinta-feira, Erick Tsang, responsável pelos assuntos constitucionais e continentais, avisou, em entrevistas a alguns meios de comunicação pró-Pequim, que aqueles que "organizam, planeiam e participam" nas primárias será provável que cometam infrações, ao abrigo da nova lei.
Pequim promulgou em 30 de junho uma lei draconiana de segurança nacional para reprimir a subversão, a secessão, o terrorismo e o conluio com forças estrangeiras, em resposta aos protestos que têm visado o Governo central no território de Hong Kong.
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