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Pró-democracia realizaram votação para nomearem candidatos às eleições

Os partidos pró-democracia em Hong Kong realizaram hoje primárias para nomearem os seus candidatos para as eleições parlamentares de setembro, apesar dos avisos das autoridades de que corriam o risco de violar a nova lei de segurança.

Pró-democracia realizaram votação para nomearem candidatos às eleições
Notícias ao Minuto

20:50 - 11/07/20 por Lusa

Mundo Hong Kong

Milhares de pessoas fizeram fila ao calor do verão, fora das mesas de voto não-oficiais, para votarem.

No dia anterior, a polícia tinha invadido os escritórios de um instituto de sondagens envolvido na organização das primárias.

"Quanto mais oprimido é o povo de Hong Kong, mais ele resiste", disse o ativista pró-democracia Benny Tai, professor de Direito e coorganizador das primárias, que estava a votar numa das 250 mesas de voto.

De acordo com os organizadores, quando as mesas de voto fecharam, às 21:00 locais, 230.000 pessoas tinham votado, mais do que o esperado. A votação deverá continuar no domingo.

"Atingimos a meta mínima que nos propusemos, mas não é suficiente. Quanto mais pessoas vierem votar nas primárias, mais válidas serão", afirmou um dos organizadores, o antigo deputado pró-democracia Au Nok-hin, hoje à noite (em Hong Kong).

"Segundo a nova lei de segurança nacional, ninguém sabe quantos candidatos pró-democracia serão autorizados a concorrer nas próximas eleições LegCo", do conselho legislativo, disse à agência France-Presse um eleitor de 34 anos, que se apresentou pelo nome de Poon, numa das mesas do bairro de Tseung Kwan.

O eleitor admitiu que os candidatos "poderão ser desqualificados pelo Governo ao abrigo da nova lei".

"Aprecio cada oportunidade que ainda temos de votar no candidato da minha escolha e espero que o povo de Hong Kong possa mostrar ao Governo que não vai dobrar o joelho", acrescentou.

Na quinta-feira, Erick Tsang, responsável pelos assuntos constitucionais e continentais, avisou, em entrevistas a alguns meios de comunicação pró-Pequim, que aqueles que "organizam, planeiam e participam" nas primárias será provável que cometam infrações, ao abrigo da nova lei.

Pequim promulgou em 30 de junho uma lei draconiana de segurança nacional para reprimir a subversão, a secessão, o terrorismo e o conluio com forças estrangeiras, em resposta aos protestos que têm visado o Governo central no território de Hong Kong.

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