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Empresas pedem a Trump que mantenha programa relacionado com imigrantes

Os líderes das maiores empresas dos Estados Unidos da América (EUA) pediram hoje ao Presidente Donald Trump que desista de revogar o programa de imigração que protege cerca de 650 mil jovens imigrantes no país, conhecidos como "dreamers" (sonhadores).

Empresas pedem a Trump que mantenha programa relacionado com imigrantes
Notícias ao Minuto

20:42 - 11/07/20 por Lusa

Economia Estados Unidos

Este apelo surge depois do Supremo Tribunal dos EUA, a mais alta instância judicial do país, ter deliberado que a administração Trump não podia prosseguir de imediato com o seu plano de acabar com o programa designado como Ação Diferida para Chegadas na Infância (DACA, na sigla em inglês).

Numa carta enviada a Trump, um grupo intitulado como Coligação para o Sonho Americano, que integra mais de 140 associações empresariais e grandes companhias como a Google, a Amazon, a General Motors ou a Apple, apelou ao chefe de Estado norte-americano para que não altere ou cancele o programa DACA.

"Como grandes empregadores e organizações de empregadores norte-americanos, recomendamos vivamente que deixe o DACA no seu lugar", afirmaram os representantes empresariais, a propósito deste programa que permite autorizações temporárias de residência e de trabalho a jovens que chegaram ilegalmente ao país quando eram crianças.

O grupo, que inclui a Câmara de Comércio dos Estados Unidos e vários grupos empresariais de diversos setores, defendeu que os beneficiários do DACA são "membros críticos" da força laboral e da sociedade do país, lembrando que estas pessoas, e para manter a proteção estabelecida no programa, "cumpriram as leis e os regulamentos" do país durante vários anos.

"Este não é o momento de interromper a recuperação económica das nossas empresas e comunidades, nem é o momento de colocar em perigo a saúde e a segurança destas pessoas vulneráveis. Pedimos-lhe que não toque no DACA e que se abstenha de tomar medidas administrativas adicionais que possam ter um impacto negativo no DACA", sublinhou a carta da coligação empresarial, que diz representar mais de metade dos trabalhadores do setor privado norte-americano.

O programa DACA foi criado em 2012 pelo ex-Presidente Barack Obama (democrata).

O Presidente Trump (republicano) tem insistiu diversas vezes que quer anular o programa.

Em 2017, a administração Trump anunciou o cancelamento do programa, o que desencadeou uma batalha judicial que culminou na deliberação do Supremo Tribunal, em junho passado.

A alta instância classificou como "caprichosa" e "arbitrária" a intenção do Presidente norte-americano, adiantando que a administração não tinha apresentado argumentos que justificassem o fim do programa.

Após ter dito que iria apresentar os argumentos necessários ao Supremo Tribunal, Trump declarou na sexta-feira que pretende aprovar uma "ampla reforma migratória", através de uma ordem executiva, e que os jovens imigrantes abrangidos pelo DACA também terão uma solução.

"Vou fazer uma grande ordem executiva (...) e vou fazer com que o DACA também faça parte dela. (...) Vamos ter um caminho para a cidadania", declarou Trump na sexta-feira, numa entrevista ao canal Telemundo.

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