Meteorologia

  • 16 ABRIL 2024
Tempo
16º
MIN 13º MÁX 26º

Israel age "de acordo com Direito Internacional", diz Netanyahu a Macron

O primeiro-ministro israelita garantiu ao Presidente francês que as ações que o governo vai levar a cabo em relação à anexação de partes da Cisjordânia "estão de acordo com a lei internacional", apesar de outros países considerarem o oposto.

Israel age "de acordo com Direito Internacional", diz Netanyahu a Macron
Notícias ao Minuto

15:48 - 10/07/20 por Lusa

Mundo Macron

Em comunicado divulgado pelo gabinete de Benjamin Netanyahu refere-se que o primeiro-ministro israelita "falou ontem [quinta-feira] com o Presidente Emmanuel Macron e clarificou que Israel está a atuar de acordo com a lei internacional", tendo enfatizado "que as fórmulas do passado levaram a 53 anos de fracassos e acrescentou que voltar a elas levariam a mais fracassos".

O primeiro-ministro israelita referia-se ao compromisso internacional por uma solução de dois Estados com base nas fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias, em 1967.

"Israel está disposto a manter negociações de paz com base no plano do Presidente [dos Estados Unidos, Donald] Trump, que tem ideias novas que permitem um processo genuíno. É a recusa palestiniana de realizar negociações com base neste plano e nos planos do passado que impede o progresso", disse Netanyahu a Macron.

O escritório do primeiro-ministro israelita respondia ao comunicado desta manhã da Presidência francesa, que revela que Macron pediu a Netanyahu a renúncia aos planos de anexar aqueles territórios, por se tratar de compromisso que prejudicaria a paz.

"[Macron] Sublinhou que tal medida [anexação dos territórios] seria contrária ao Direito Internacional e comprometeria a possibilidade de uma solução de dois Estados, como o estabelecimento de uma paz justa e duradoura entre israelitas e palestinianos", pode ler-se em comunicado, redigido depois de uma entrevista telefónica entre os dois líderes, na quinta-feira.

A proposta de paz promovida pelo Presidente norte-americano assume boa parte das demandas israelitas e muito poucas dos palestinianos e contempla, entre outras questões, a anexação por parte de Israel de 30% do território palestiniano ocupado da Cisjordânia, onde residem hoje cerca de 400.000 colonos judeus.

Desde 01 de julho, o acordo do Governo israelita permite ao executivo de Netanyahu começar a dar passos para implementar a anexação, contra a qual várias potências se opuseram, sobretudo as Nações Unidas e a União Europeia.

O Direito Internacional proíbe a anexação unilateral de territórios e a aquisição de territórios pela força e declara como ilegal que uma potência ocupante transfira população civil para a potência ocupada.

Recomendados para si

;
Campo obrigatório