De acordo com a polícia, Vikas Dubey tirou uma arma aos agentes depois de o veículo das forças de segurança em que seguia ter capotado, numa autoestrada perto da cidade de Kanpur, no norte da Índia. O suspeito morreu numa troca de tiros, segundo a mesma fonte.
Dubey, na casa dos 40 anos, entregou-se à polícia na quinta-feira, na cidade de Ujjain, após buscas de uma semana. Estava a ser conduzido para Kanpur, onde os oito polícias foram mortos.
As forças de segurança acreditam que o suspeito tinha ligações com políticos estatais e a polícia. Dois agentes foram detidos esta semana por alegadamente o terem avisado de uma rusga policial a sua casa, na semana passada.
Amarnath Aggarwal, um líder da oposição, acusou a polícia de matar o suspeito de forma intencional. "É um assassínio pré-planeado. Foi cometido por Dubey não ter revelado os nomes das pessoas que lhe proporcionaram apoio e proteção", acusou.
O homem era suspeito de ter assassinado um político em 2001, o líder local do Partido Bharatiya Janata, Santosh Shukla, sendo ainda procurado pelo envolvimento em mais 60 casos de homicídio, roubos e raptos.
Em 03 de julho, oito polícias morreram baleados numa emboscada, após uma operação em que procuravam deter Dubey.
Pelo menos sete outras pessoas, incluindo um civil, ficaram feridas durante o tiroteio noturno numa aldeia naquele estado indiano.
O suspeito "teve o apoio de toda a aldeia, porque houve disparos de vários telhados", disse então aos jornalistas o chefe de polícia de Uttar Pradesh.
Os atacantes, que bloquearam a entrada da localidade com uma retroescavadora, estavam munidos de armas semiautomáticas, de acordo com outra fonte policial.
Com uma população de 230 milhões de habitantes, o estado de Uttar Pradesh é um dois mais pobres da Índia. É considerado um dos estados com mais criminalidade, com muitos incidentes de assaltos à mão armada, raptos e crimes contra mulheres, de acordo com a Agência Nacional de Registo Criminal.