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Anexação da Cisjordânia: Ex-líderes pedem pressão europeia sobre Israel

Um grupo de antigos líderes mundiais pediu hoje aos governantes europeus para que mantenham pressão sobre Israel contra a anexação de partes da Cisjordânia, e alertou para a não complacência para com aquele país.

Anexação da Cisjordânia: Ex-líderes pedem pressão europeia sobre Israel
Notícias ao Minuto

23:02 - 03/07/20 por Lusa

Mundo Cisjordânia

'The Elders', um grupo formado em 2007 por Nelson Mandela (1918-2013), deixaram os alertas em cartas enviadas aos líderes de França, Alemanha, Reino Unido e União Europeia (UE), noticia a agência AP.

Os ex-governantes aconselharam os atuais líderes a insistirem com Israel de que a anexação de partes da Cisjordânia teria consequências políticas e económicas negativas para as relações bilaterais e regionais.

'The Elders', liderados pela ex-presidente irlandesa Mary Robinson, juntamente com a viúva de Nelson Mandela, Graça Machel, e o ex-secretário geral da ONU Ban Ki-moon, como copresidentes, sublinharam que a anexação é "fundamentalmente contrária aos interesses a longo prazo dos povos israelitas e palestinianos".

Este grupo pediu ainda aos líderes da UE que considerem suspender o acordo entre os 27 países e Israel se a anexação for concretizada e recordaram a "responsabilidade histórica e permanente" do Reino Unido para com a sua antiga colónia, a Palestina.

Esta mensagem foi seguida por uma reação do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que apelou a Israel para cancelar o plano de anexação.

Israel não fez qualquer movimento para anexar o território na data que tinha anunciado, pelo seu primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, 01 de julho.

O ministro dos Assuntos Sociais israelita, Ofir Akunis, explicou que o processo de anexação por parte de Israel foi adiado, em declarações à estação de rádio do Exército daquele país.

O governante adiantou que as autoridades ainda estão a trabalhar nos detalhes finais com os parceiros norte-americanos e disse esperar que a anexação ocorra no final deste mês.

Uma solução para dois estados, apoiada pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas e pela maioria da comunidade internacional, prevê um estado palestiniano independente em todo o território da Cisjordânia, que Israel anexou à Jordânia em 1967, e Gaza, através de trocas de terras acordadas.

Os palestinianos querem Jerusalém Oriental como a capital do seu estado, mas o futuro de Jerusalém será uma questão a ser ainda decidida nas negociações entre israelitas e palestinianos.

O plano de paz promovido pelo Governo do Presidente norte-americano, Donald Trump, apresentado em janeiro, prevê a anexação por parte de Israel de colónias judaicas e do Vale do Jordão, uma vasta planície agrícola na Cisjordânia, e a criação de um Estado palestiniano num território reduzido.

Esse plano foi rejeitado pelos palestinianos.

Quer as Nações Unidas, quer a UE e os principais países árabes disseram que a anexação violaria o direito internacional e comprometeria as perspetivas já reduzidas de estabelecer um Estado palestiniano viável e independente ao lado de Israel.

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