O planeta, batizado 'PH1', situado a mais de cinco mil anos-luz da Terra [um ano-luz corresponde a 9,461 biliões (milhão de milhões) de quilómetros], orbita em torno de dois sóis, em volta dos quais também evoluem duas estrelas. Esta descoberta inédita foi feita por dois astrónomos amadores norte-americanos, Kian Jek e Robert Gagliano, conta hoje a AFP.
Astrónomos profissionais norte-americanos e britânicos efetuaram depois observações e medidas com os telescópios Keck situados no monte Mauna Kea, no Havai, para confirmar a descoberta.
"Os planetas circumbinários representam o que há de mais extremo na formação planetária", realçou Meg Schwamb, um investigador da Universidade de Yale, no Estado do Connecticut, principal autor da pesquisa, apresentada na conferência anual da Divisão de Paleontologia da Sociedade Americana de Astronomia, reunida em Reno, no Estado do Nevada.
"A descoberta de tais sistemas satelitários força-nos a repensar como estes planetas se podem formar e evoluir em tais ambientes", acrescentou, em comunicado.