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Estados Unidos mostram preocupação com condições do referendo russo

Os Estados Unidos expressaram hoje a preocupação com as condições e as consequências do referendo constitucional na Rússia, que permitirá ao Presidente Vladimir Putin permanecer no cargo até 2036.

Estados Unidos mostram preocupação com condições do referendo russo
Notícias ao Minuto

14:30 - 02/07/20 por Lusa

Mundo Constituição

Os russos aprovaram em referendo um pacote de alterações constitucionais que permite, entre outras medidas, que Vladimir Putin estenda a sua presença no Kremlin até 2036, se conseguir ganhar as eleições para mais dois mandatos.

A votação decorreu ao longo de uma semana, para evitar ajuntamentos junto às mesas de voto, por causa da pandemia de covid-19, e os opositores do regime russo denunciaram várias irregularidades no ato eleitoral e pediram aos seus simpatizantes para se mobilizarem para as próximas eleições regionais, em setembro.

"Estamos preocupados com os relatórios de esforços do Governo russo para manipular os resultados das recentes votações sobre as emendas constitucionais, incluindo relatos de coerção sobre eleitores, pressão sobre os opositores das emendas e constrangimentos ao trabalho dos observadores independentes", disse a porta-voz do Departamento de Estado norte-americano Morgan Ortagus.

Para além disso, os Estados Unidos estão "particularmente preocupados" com a emenda "que permite ao Presidente Putin permanecer no poder até 2036", disse Ortagus.

De acordo com essa emenda, Putin ficará com a opção de realizar ainda mais dois mandatos, quando terminar o seu atual, em 2014, permitindo-lhe ficar no Kremlin até 2036.

"Em todo o mundo, por princípio, os Estados Unidos opõem-se às emendas constitucionais que reforçam os poderes dos presidentes em exercício ou ampliam os seus mandatos, especialmente em contextos onde faltam as condições necessárias para um processo democrático livre e justo", comentou a porta-voz da diplomacia norte-americana.

De acordo com os resultados oficiais, o referendo deu uma vitória ao "Sim", com 77,92% dos votos.

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