Mike Pompeo pede aos Talibãs para evitarem alvos norte-americanos
O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, solicitou aos talibãs que cumpram a sua agenda, sem atacar alvos norte-americanos, informou na terça-feira o porta-voz Morgan Ortagus.
© Reuters
Mundo Mike Pompeo
Em comunicado, Ortagus explica que Pompeo apresentou esta solictação na segunda-feira numa videoconferência com o negociador dos talibãs, o mullah Abdul Ghani Baradar.
"O secretário referiu claramente as suas expectativas de que os talibãs cumpram os seus objetivos, que não incluem atacar os norte-americanos", indicou Ortagus.
Durante a videoconferência, ambos trocaram argumentos sobre a aplicação do acordo entre Washington e os talibãs, firmado em finais de fevereiro em Doha, que prevê a retirada total das tropas internacionais do Afeganistão.
Esta conversa aconteceu no meio da polémica vinda a público nos últimos dias por várias informações divulgadas pelo diário The New York Times, referindo que os serviços secretos levaram meses para concluir que a Rússia, secretamente, ofereceu meios financeiros aos talibãs, em troca de estes matarem operacionais da coligação internacional, liderada pelos Estados Unidos.
No total, 20 norte-americanos foram assassinados, em missão de combate, no Afeganistão, mas não está claro se estas mortes estão relacionadas com este acordo secreto entre Moscovo e os talibãs.
Em declarações hoje à agência noticiosa espanhola Efe, Jonathan Hoffman, porta-voz do Pentágono, explicou que estava a avaliar as informações dos serviços secretos sobre a Rússia e os talibãs, mas afirmou que "até ao fecho do Departamento de Defesa, não tem provas que corroborem o noticiado".
O Kremlin negou as acusações, enquanto os talibãs disseram à Efe, no passado domingo, que nunca receberam ajuda militar de outros países, incluindo a Rússia, durante o conflito.
A Casa Branca negou que o Presidente Donald Trump tivesse recebido informações sobre estas questões e tenha diminuído a importância das conclusões dos serviços secretos, afirmando que os dados eram duvidosos.
Todavia, a cadeia de televisão CNN e o jornal The New York Times publicaram que Trump recebeu um relatório em finais de fevereiro, segundo o qual os serviços secretos asseguram que a Rússia ofereceu recompensas a milícias próximas dos talibãs, em troca de matarem operacionais da coligação.
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