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UNICEF disponibiliza suplementos nutricionais para 10 mil crianças

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF, na sigla inglesa) disponibilizou mais de 9.600 caixas de suplementos nutricionais, que vão beneficiar mais de 10.000 crianças angolanas, menores de cinco anos, de quatro províncias.

UNICEF disponibiliza suplementos nutricionais para 10 mil crianças
Notícias ao Minuto

11:55 - 29/06/20 por Lusa

Mundo UNICEF

Um comunicado de imprensa do UNICEF, a que a agência Lusa teve hoje acesso, salienta que os suplementos nutricionais vão reforçar os programas provinciais de combate à desnutrição, as atividades desenvolvidas pelos governos locais neste período de resposta à covid-19, bem como apoiar as intervenções de resposta nutricional resultantes de períodos de secas cíclicas nas províncias do Cuando Cubango, Cunene, Huíla e Namibe, sul do país.

"O UNICEF tem apoiado o Governo de Angola, em particular os governos provinciais no sul do país, no desenvolvimento de pacotes de atividades de resposta à emergência que incidem essencialmente nos setores de saúde e nutrição, água, saneamento e higiene, proteção da criança, mudança de comportamento e envolvimento comunitário", realça a nota.

A organização das Nações Unidas destaca que estas atividades assentam numa estratégia mais ampla para estabelecer a ligação da resposta às emergências, com uma agenda de desenvolvimento social local.

Com a assistência do UNICEF e parceiros, informa a organização da ONU, foram capacitados, no primeiro semestre deste ano, mais de 300 técnicos de saúde, para fornecer serviços de despistagem e tratamento da desnutrição aguda e prestar aconselhamento sobre práticas de alimentação infantil e suplementação com micronutrientes para os pais e encarregados de crianças pequenas.

No ano passado, fundos da Central das Nações Unidas para as Emergências (CERF), o apoio do UNICEF e das Organizações Não-Governamentais Visão Mundial, Ação para o Desenvolvimento Rural (ADRA) e People In Need permitiram despistar para a desnutrição cerca de 232.000 crianças menores de cinco anos, por meio da intervenção de mais de mil agentes comunitários e técnicos de saúde capacitados nas províncias do Cunene, Huíla, Bié e Namibe.

Do total de crianças diagnosticadas, mais de 23.000 foram tratadas para a desnutrição aguda moderada e cerca de 7.800 foram tratadas para a desnutrição aguda grave, em 28 unidades especiais de nutrição e 218 unidades sanitárias, com programas de tratamento ambulatório equipadas com suprimentos nutricionais e materiais de diagnóstico.

Este ano, as atividades desenvolvidas no sul de Angola contam com financiamento da CERF, do Banco de Fomento de Angola e do Governo do Japão, cujo apoio além de servir para a compra de suplementos nutricionais, prevê garantir que cerca de 16.000 crianças menores de cinco anos tenham acesso à prevenção e rastreio da desnutrição aguda e cerca de 12.000 outras, em idade escolar, beneficiem de ações de desparasitação e suplementação com micronutrientes.

"A questão da desnutrição tem sido uma grande preocupação do UNICEF e dos seus parceiros, mesmo antes da pandemia, porém, com a ocorrência dessa situação de emergência mais famílias podem ter maior dificuldade em garantir a nutrição adequada das suas crianças, por isso os nossos esforços vão no sentido de apoiar as autoridades para assegurar que haja continuidades destes e outros serviços de modo que nenhuma criança seja deixada para trás e tenha a sua situação agravada", disse Jean François Basse, representante interino do UNICEF em Angola, citado no documento.

O UNICEF lembra que Angola é um país propenso a secas cíclicas, que afetam principalmente o sul do país, estimando-se que mais de 56.000 famílias estejam em situação de insegurança alimentar em 2020, devido à seca registada em 2019.

De acordo com o último inquérito nutricional realizado nas províncias da Huíla e Cunene, a prevalência de desnutrição aguda nas crianças menores de cinco anos é de 13,6% na Huíla e 12,9% no Cunene, estimando-se que 3% dessas crianças na Huíla e 1,7% no Cunene se encontrem em risco de vida, devido à desnutrição aguda severa.

As chuvas têm sido escassas e irregulares no sul de Angola e nos últimos três anos foram registadas as temperaturas as mais elevadas desde 1975, sublinha o comunicado.

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