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Nicarágua pede fim de sanções contra familiares de Presidente Ortega

O Governo da Nicarágua pediu hoje o fim das sanções internacionais contra familiares do Presidente Daniel Ortega, numa mensagem por ocasião 75.º aniversário da Carta das Nações Unidas.

Nicarágua pede fim de sanções contra familiares de Presidente Ortega
Notícias ao Minuto

23:17 - 26/06/20 por Lusa

Mundo Nicarágua

"É essencial preservar o princípio da independência e soberania, bem como a cessação de todas as políticas de interferência nos assuntos internos dos Estados, incluindo ações intervencionistas e medidas coercivas unilaterais, sanções que são agressões em detrimento do direito ao desenvolvimento e dos direitos humanos dos nossos povos", adiantou, em carta, o executivo sandinista.

Cerca de 20 funcionários e empresas próximas do Presidente Ortega e do partido no poder, a Frente Sandinista de Libertação Nacional (FSLN), acusados de violação dos direitos humanos no contexto da crise social que começou em abril de 2018, foram sancionados pelos Estados Unidos.

A União Europeia, o Reino Unido, a Suíça e o Canadá juntaram-se também às sanções contra pelo menos seis destes funcionários.

Os países declararam expressamente que as sanções se destinam especificamente às pessoas visadas, não tendo, portanto, consequências para a Nicarágua enquanto nação.

Entre os sancionados estão a mulher e vice-presidente de Ortega, Rosário Murillo, o seu sogro e chefe da polícia, Francisco Díaz, e dois filhos do casal presidencial: Rafael e Laureano Ortega.

Também o chefe das Forças Armadas, Júlio César Avilés, o presidente do Parlamento, Gustavo Porras, o ex-presidente do Poder Eleitoral [equivalente à Comissão Nacional de Eleições] Roberto Rivas, o ministro das Finanças, Iván Acosta, e o tesoureiro da Frente Sandinista de Libertação Nacional, Francisco López, entre outros, foram sancionados.

As sanções consistem na apreensão de bens nos territórios de origem das sanções, no congelamento de contas bancárias, na proibição de entrada nesses países e na rejeição de empresas onde têm participação, entre outros.

Na sua mensagem, o Governo da Nicarágua justificou o apelo para o fim das sanções com a necessidade de "preservar o princípio da independência e soberania" dos Estados.

"As Nações Unidas devem cumprir o seu papel histórico de promover o respeito, compreensão, segurança, soberania e integridade territorial, em igualdade, onde o multilateralismo e a vontade de todos prevalecem", afirmou.

Ataques armados contra civis em 2018, detenções ilegais de opositores, seguidas de alegações de tortura e violência sexual, e alegadas execuções extrajudiciais mereceram a condenação da comunidade internacional e dos organismos de direitos humanos.

Ortega alega, por seu lado, que foi alvo de um "golpe de Estado falhado".

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