Na sua primeira viagem ao estrangeiro desde o início da pandemia de covid-19, Esper deslocou-se à sede da NATO, em Bruxelas, para tranquilizar os aliados europeus, assegurando-os de que Washington consultará sempre os seus parceiros sobre futuros movimentos de tropas.

Na semana passada, o Presidente dos EUA, Donald Trump, anunciou uma forte redução da presença militar norte-americana estacionada na Alemanha, reduzindo o efetivo de soldados de 34.500 para 25.000.

"Faremos tudo o que pudermos para continuar a fortalecer a Aliança e os nossos parceiros", disse hoje o chefe do Pentágono, no final da reunião na NATO.

"Congratulo-me com o facto de os Estados Unidos estarem a consultar os aliados, deixando claro que o compromisso dos EUA com a segurança europeia continua forte", respondeu o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, num comunicado conjunto com Esper, divulgado por vídeo.

Stoltenberg agradeceu ainda aos EUA "a contribuição vital da América" para a segurança dos Estados-membros, lembrando que os Estados Unidos têm "aumentado a sua presença militar na Europa", liderando o batalhão da NATO na Polónia.

Já esta semana, Trump disse que as tropas dos EUA na Alemanha podem vir a ser transferidas para a Polónia, mas as autoridades alemãs continuam a dizer que desconhecem os planos militares norte-americanos na Europa.

"A presença americana na Europa é importante para a Europa, mas também para a América do Norte. Porque apenas trabalhando juntos podemos enfrentar os grandes desafios", explicou o secretário-geral da NATO.

Mark Esper aproveitou para repetir a mensagem que Trump tem enunciado muitas vezes, sobre a necessidade de reforço do apoio financeiro na área militar por parte dos aliados.

"Espero que todos os aliados cumpram os seus objetivos", disse o secretário de Defesa norte-americano, lembrando a obrigação de investimento de 2% do Produto Interno Bruto no setor, de cada país membro da NATO.

Stoltenberg disse ainda que foram analisados os temas atuais mais relevantes, nomeadamente o plano da organização para uma eventual segunda vaga da pandemia de covid-19.

O secretário-geral da NATO disse ainda que os aliados estão a trabalhar em conjunto para dar "uma resposta equilibrada" à ameaça colocada pelos novos mísseis russos em solo europeu, reconhecendo que são "perigosos e desestabilizadores".

Finalmente, Stoltenberg referiu que conversará com Mark Esper sobre o Afeganistão, onde a NATO "continuará a ajustar a sua presença e apoio ao processo de paz", em "estreita coordenação com aliados e parceiros".