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Juiz rejeita pedido para impedir publicação de livro sobre Donald Trump

Um juiz de Nova Iorque rejeitou hoje uma queixa apresentada pela família do Presidente dos EUA, Donald Trump, para impedir a publicação de um livro escrito pela sua sobrinha, dando 'luz verde' ao lançamento da obra considerada polémica.

Juiz rejeita pedido para impedir publicação de livro sobre Donald Trump
Notícias ao Minuto

22:01 - 25/06/20 por Lusa

Mundo Estados Unidos

Com o título "Too Much and Never Enough: How My Family Created the World's Most Dangerous Man" ("Demasiado e Nunca Suficiente: Como a Minha Família Criou o Homem Mais Perigoso do Mundo"), o livro, que tem publicação prevista para 28 de julho, tem agora 'luz verde' para ser lançado, segundo noticia a agência Efe.

O magistrado Peter Kelly, do distrito de Queens, em Nova Iorque, determinou que o seu tribunal não é competente para julgar este assunto, segundo revelou o advogado da autora, Mary Trump, através de uma publicação na rede social Twitter.

O advogado de Robert Trump, o irmão mais novo do Presidente norte-americano, tinha interposto uma ação em tribunal para impedir a autora do livro e a editora Simon & Schuster de o publicarem.

De acordo com a queixa, o livro viola o acordo de confidencialidade relativo à herança de Fred Trump, pai do Presidente dos Estados Unidos e avô de Mary Trump, que morreu em 1999.

O advogado da escritora, Ted Boutrous, aplaudiu a decisão do tribunal num breve comentário no Twitter e disse esperar que esta decisão encerre a controvérsia.

"O tribunal decidiu rápido e corretamente que não tem jurisdição para atender ao pedido infundado da família Trump de excluir um livro da maior importância pública. Esperamos que esta decisão termine o assunto. A democracia prospera com a livre troca de ideias e nem este tribunal nem qualquer outro tem autoridade para violar a Constituição e impor uma restrição prévia ao discurso político", escreveu Boutrous.

Segundo a editora Simon & Schuster, o livro de memórias lança "luz" sobre "a história sombria" da família do Presidente norte-americano.

No livro, de 240 páginas, Mary L. Trump relata eventos que testemunhou na casa dos avós, em Nova Iorque, descrevendo "um pesadelo feito de traumas, relações destrutivas e uma trágica mistura de negligência e abuso", segundo a editora.

De acordo com o 'site' de notícias Daily Beast, Mary Trump deverá também revelar que é a principal fonte de uma grande investigação sobre as finanças de Donald Trump publicada pelo New York Times.

Mary L. Trump, psicóloga clínica, é filha de Fred Trump Jr, o irmão mais velho do Presidente dos EUA, que morreu em 1981.

Este não é o único livro comprometedor para Trump em que houve tentativas para bloquear a sua publicação.

Em 20 de junho último, um juiz federal norte-americano determinou que o ex-conselheiro de Segurança Nacional John Bolton podia publicar um livro de memórias, apesar dos esforços da administração do Presidente Donald Trump para o impedir.

O Governo dos Estados Unidos tinha apresentado um pedido para bloquear o lançamento de "A Sala Onde Tudo Aconteceu", crónica dos 17 meses que o ex-conselheiro Bolton passou com o ocupante da Casa Branca, em 2018 e 2019, dizendo-se preocupado com a possibilidade de a obra expor informações classificadas.

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