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Bélgica com "ameaça real" de atentado de extrema-direita

A Bélgica enfrenta atualmente uma "ameaça real" de um atentado perpetrado pela extrema-direita, disse quarta-feira no Parlamento o ministro da Justiça belga, Koen Geens, cujas declarações são reportadas hoje pela imprensa local.

Bélgica com "ameaça real" de atentado de extrema-direita
Notícias ao Minuto

17:56 - 25/06/20 por Lusa

Mundo Bélgica

"Se, até agora, não ocorreu nenhum atentado [da extrema-direita] na Bélgica, a Segurança do Estado [Serviços de Informações Civis belga] considera que há uma ameaça real. O cenário mais provável é o de um atentado perpetrado por um 'lobo solitário'", declarou Geens, quarta-feira, perante os deputados.

O ministro da Justiça belga, adianta a imprensa do país, citou informações, relativas a abril, segundo as quais os serviços antiterroristas da Bélgica estão a acompanhar "30 propagandistas de extrema-direita, contra uma dezena no ano anterior".

"Serei tão severo contra o terror da extrema-direita quanto o dos 'jihadistas' e não estou a levar isto de ânimo leve", frisou, já hoje, o ministro da Justiça belga na Câmara dos Deputados.

Geens fora interrogado sobre um relatório da Europol (polícia europeia), divulgado terça-feira, em que a Bélgica é apresentada como um país que alberga grupos identitários adeptos da "autodefesa" face às "agressões cometidas por migrantes"

O relatório cita nomeadamente o grupo "Resistência de Extrema-Direita", presente também na Suécia.

O relatório da Europol, intitulado "Situação e Tendências do Terrorismo", refere também que a Bélgica sinalizou a estada de vários cidadãos belgas em campos paramilitares do antigo bloco de Leste para receber "formação de tiro".

Geens admitiu que cerca de 20 cidadãos belgas "enfeudados na ideologia da extrema-direita", participaram em "formações paramilitares no estrangeiro nos últimos anos".

Segundo o ministro, a participação nessas ações de treino é feita mais por indivíduos do que por grupos, não havendo provas de que "existem ligações diretas entre [o grupo identitário flamengo] 'Schild en Vrienden' e os campos de treino na Rússia".

O grupo "Schild en Vrienden" ("Escudo e Amigos") chegou às manchetes belgas em setembro de 2018, após a difusão de uma reportagem que mostra os militantes em ações musculadas, pormenorizando as trocas de mensagens de cariz racista e antissemita entre grupos privados na Internet.

O fundador do grupo, Dries Van Langenhove, 27 anos, foi eleito em maio de 2019 como deputado federal, beneficiando do facto de o seu partido, o Vlaams Belang (anti-imigração), ter conseguido tornar-se a segunda força política na Flandres, atrás do N-VA (conservadores).

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