Bielorrússia acusa a Rússia e Polónia de ingerências nas eleições
O presidente da Bieolorússia, Alexander Lukashenko, acusou hoje mais uma vez a Rússia e a Polónia de ingerência nas eleições presidenciais de 09 de agosto, tendo Moscovo rejeitado as acusações.
© Reuters
Mundo Eleições
As ingerências são provenientes "de um lado como do outro, da Polónia e da Rússia. Vamos falar com o presidente (Vladimir) Putin em breve durante um encontro, mas a situação é muito difícil", disse Lukashenko numa declaração publicada na página oficial da presidência.
O chefe de Estado da Bielorússia denuncia o suposto recurso "às tecnologias de falsificação mais modernas" e a "notícias falsas" difundidas na Internet depois de a Rússia ter "desacreditado o regime de Minsk".
Lukashenko não especificou o teor das ameaças nem precisou os ataques assim como não detalhou as acusações contra a Polónia.
Entretanto, o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, desvalorizou as acusações e disse que Putin e Lukashenko estiveram reunidos na quarta-feira em Moscovo, à margem do desfile militar que assinalou os 75 anos da vitória soviética sobre Berlim em 1945.
Peskov admitiu que os dois chefes de Estado podem voltar a encontrar-se no próximo dia 30 de junho, durante a cerimónia de inauguração de um monumento aos mortos em combate durante a II Guerra Mundial (1939-1945), na Rússia.
Por outro lado, Lukashenko reagiu às publicações nas redes sociais de comentários sobre os alegados 840 milhões de dólares que o filho tem depositados em bancos na Suíça referindo-se às informações como "notícias falsas".
Lukashenko está no poder desde 1994 e concorre pela sexta vez a eleições presidenciais.
As suas relações com Moscovo têm vindo a degradar-se por causa das taxas sobre os produtos petrolíferos russos e por manter contactos mais frequentes com os Estados Unidos.
As acusações do presidente bielorrusso ocorrem numa altura em que a oposição denuncia campanhas de perseguição política sobretudo contra os potenciais candidatos às eleições de 09 de agosto.
Viktor Babaryko, oposicionista e apontado por Minsk como próximo de Moscovo, dirigiu uma filial da empresa russa Gazprom e encontra-se detido preventivamente desde a semana passada depois de ter sido acusado de fraude e de "branqueamento de capitais".
Um outro oposicionista, Serguei Tikhanovski, que tem vindo a denunciar a corrupção do presidente, foi preso em maio acusado de perturbação da ordem pública.
Ambos são candidatos declarados às presidenciais e reclamam ter recolhido as assinaturas necessárias para concorrerem.
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