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Croácia impõe restrições fronteiriças a diversos países dos Balcãs

A Croácia impôs hoje restrições fronteiriças aos cidadãos de outros países dos Balcãs depois do aumento de casos de coronavírus e de um novo surto num torneio de ténis organizado pelo número um mundial, o sérvio Novak Djokovic.

Croácia impõe restrições fronteiriças a diversos países dos Balcãs
Notícias ao Minuto

15:41 - 24/06/20 por Lusa

Mundo Pandemia

Responsáveis oficiais indicaram que as pessoas provenientes da Sérvia, Bósnia-Herzegovina, Kosovo e Macedónia do Norte terão de cumprir um período de quarentena de 14 dias caso se dirijam à Croácia.

O país, membro da União Europeia (UE) desde julho de 2013, registou hoje 22 novos casos e após as 30 infeções anunciadas na terça-feira. Neste último caso incluem-se 13 freiras de um convento situado no centro do território. Os números oficias indicam 2.388 casos motivados pelo novo coronavírus e 107 mortos desde o início da pandemia.

Dezenas de novas infeções têm sido diariamente anunciadas na Sérvia, Bósnia e outros países balcânicos, onde voltaram a aumentar os casos na sequência das medidas de desconfinamento.

A estrela do ténis Djokovic testou positivo à covid-19, e também três outros jogadores que participavam num torneio de caridade na cidade costeira croata de Zadar. Dezenas de pessoas estão a ser testadas na cidade, em particular as que participaram ou assistiram ao evento.

Entre as pessoas examinadas inclui-se o primeiro-ministro croata Andrej Plenkovic, muito criticado por não ter optado pelo auto-isolamento após um encontro com Djokovic. O chefe do Governo conservador testou negativo e disse que apenas se encontrou brevemente com o tenista sérvio, que já afirmou não registar sintomas.

A Croácia reabriu as suas fronteiras antes da estação turística do verão, uma atividade vital para a economia do país, que se encontra entre as mais débeis da UE.

Na Sérvia, as autoridades tornaram na terça-feira obrigatório o uso de máscara nos transportes públicos, e hoje anunciaram 143 novos casos. As medidas de confinamento têm sido suavizadas no país e os epidemiologistas estão a ser criticados por não terem reagido antes da convocação das eleições legislativas do passado domingo, que reforçaram o poder do partido do Presidente conservador Aleksandar Vucic.

O Tour Adria promovido por Djokovic iniciou-se na Sérvia no início de junho, e milhares de pessoas também já assistiram a encontros de futebol sem respeitar as regras de distanciamento social ou usarem máscara. A Sérvia regista 13.235 casos de infeção e 263 mortos.

O epidemiologista Branislav Tiodorovic, citado pela agência noticiosa Associated Press (AP), referiu que qualquer ajuntamento representa um perigo, incluindo um desafio de futebol programado na Sérvia para o fim da tarde de hoje.

"Espero que os cidadãos entendam ser este o último momento para encararmos com seriedade esta situação", referiu à televisão estatal RTS.

Na Bósnia, as estatísticas oficiais de hoje demonstram que o número de casos em junho constitui um terço do total de casos confirmados no país desde o início do surto do coronavírus em março. O país indica 3.700 infeções, incluindo 173 mortos.

O Governo da vizinha Bulgária ordenou o prolongamento do estado de emergência até 15 de julho sem anunciar novas restrições mas mantendo as atuais -- o uso obrigatório de máscara fora das habitações foi reimposto no início deste semana e permanecem proibidas as deslocações para a maioria dos países que não pertencem à UE.

O ministro da Saúde, Kiril Ananiev, disse que a média diária de pessoas infetadas aumentou três vezes este mês. O país de sete milhões de habitantes assinalou mais 130 casos de coronavírus nas últimas 24 horas, um recorde no número de casos confirmado num único dia.

Os números hoje divulgados referem um total de 4.114 casos e 208 mortos.

Os médicos romenos também apelaram à população para respeitar as regras após registarem um aumento diário de 300 casos durante a semana passada. No entanto, o país não tem planos imediatos para reintroduzir medidas de confinamento.

Mais a sul, no Kosovo, a ex-província sérvia que autoproclamou a independência em 2008, o Governo avisou relutantemente que terá de repor algumas medidas de confinamento após um aumento das infeções nas últimas três semanas e que devem agravar a débil situação económica,

A vizinha Albânia ainda não permite grandes ajuntamentos, mas os cafés estão cheios e, na generalidade, as pessoas não estão a respeitar as regras de distanciamento social, indica a AP.

A pandemia de covid-19 já provocou mais de 477 mil mortos e infetou mais de 9,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

Os Estados Unidos são o país com mais mortos (121.225) e mais casos de infeção confirmados (mais de 2,3 milhões).

Seguem-se o Brasil (52.645 mortes, mais de 1,1 milhões de casos), Reino Unido (42.927 mortos, mais de 306 mil casos), a Itália (34.675 mortos e mais de 238 mil casos), a França (29.720 mortos, mais de 197 mil casos) e a Espanha (28.325 mortos, mais de 246 mil casos).

A Rússia, que contabiliza 8.503 mortos, é o terceiro país do mundo em número de infetados, depois dos EUA e do Brasil, com mais de 606 mil, seguindo-se a Índia, com mais de 456 mil casos e 14.476 mortos.

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