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NATO também queria ver China associada a acordo de desarmamento

O secretário-geral da NATO disse hoje que gostaria de ver a China associada a um acordo de desarmamento nuclear como aquele que Estados Unidos e Rússia se encontram presentemente a negociar, 'alinhando' assim com o Presidente norte-americano.

NATO também queria ver China associada a acordo de desarmamento
Notícias ao Minuto

16:50 - 23/06/20 por Lusa

Mundo NATO

uma negociação bilateral [entre EUA e Rússia], mas interessa também à NATO. Apoiamos fortemente que a China esteja implicada" no processo, dado ser "um poder global" e, consequentemente, ter "responsabilidade de ser parte dos acordos sobre controlo de armas", defendeu Jens Stoltenberg, numa entrevista ao centro de estudos norte-americano German Marshall Fund.

O secretário-geral da Aliança Atlântica recordou que Pequim "está a investir fortemente no armamento", como o demonstra o facto de ter o segundo maior orçamento para Defesa do mundo, e apontou que a China já duplicou o número de ogivas nucleares.

Stoltenberg defendeu por outro lado que Estados Unidos e Rússia deveriam prolongar a vigência do atual acordo START (Tratado de Desarmamento de Armas Estratégicas), que expira em 05 de fevereiro de 2021, para garantir uma maior margem negocial.

"Tal daria o tempo necessário para Estados Unidos e Rússia alcançarem um novo acordo, mas espero que também com a China", insistiu o responsável norueguês, que volta assim a apoiar as posições do Presidente norte-americano, Donald Trump, que insiste no envolvimento de Pequim nas negociações em curso, o que Moscovo considera "irrealista".

"Os Estados Unidos não se afastaram da posição que têm de incluir a China. Da nossa parte, explicámos detalhadamente porque consideramos irrealista contar com a participação da China", disse o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros e principal negociador russo neste processo Serguei Riabkov, citado pela agência Ria Novosti.

"E nós não vamos usar a nossa influência sobre a China, como querem os americanos", acrescentou Riabkov, em declarações após a primeira ronda de negociações, na segunda-feira em Viena.

O emissário norte-americano para o desarmamento, Marshall Billingslea, disse hoje à imprensa que as partes preveem voltar a reunir-se "em finais de julho ou princípios de agosto", mas admitiu que esse encontro, que se realizaria novamente em Viena, depende dos progressos que sejam alcançados nas reuniões de nível técnico que se realizam nas próximas semanas.

Depois de ter lamentado a ausência da China nas reuniões de segunda-feira, Billingslea afirmou hoje ser "evidente que Pequim está embaraçada" e sublinhou que a China "tem a obrigação de negociar de boa-fé" com Washington e Moscovo, dado o forte crescimento do arsenal nuclear do gigante asiático.

O responsável norte-americano frisou ainda que um futuro acordo de controlo de armas deve abranger "todo o tipo de armas nucleares, não apenas as estratégicas".

Os Estados Unidos e a Rússia controlam atualmente cerca de 90% de todas as armas nucleares que existem no mundo.

O START em vigor, assinado em 2010, limita as armas nucleares estratégicas a um máximo de 1.550 ogivas nucleares e 700 sistemas balísticos para cada potência nuclear.

O Presidente norte-americano, Donald Trump, retirou os Estados Unidos de três acordos internacionais de desarmamento: o acordo sobre nuclear com o Irão, o tratado INF sobre mísseis terrestres de médio alcance e o tratado Céu Aberto de verificação de movimentos militares e da limitação de armamentos.

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