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Temperaturas máximas históricas no ártico estão a ser investigadas

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) anunciou hoje que está a investigar as temperaturas máximas históricas registadas na localidade ártica russa de Verjoyansk, habitualmente um dos lugares mais frios do mundo, onde no sábado se registaram 38 graus centígrados.

Temperaturas máximas históricas no ártico estão a ser investigadas
Notícias ao Minuto

13:28 - 23/06/20 por Lusa

Mundo OMM

A OMM está em contacto com as autoridades russas para verificar este recorde e incluí-lo nos arquivos, disse em conferência de imprensa a porta-voz da OMM, Clare Nullis, sublinhando que este máximo estará relacionado com a atual onda de calor que atinge a Sibéria, com um aumento dos incêndios florestais.

"A região da Sibéria Oriental tende a ter temperaturas extremas no inverno e no verão, pelo que temperaturas superiores a 30 graus não são invulgares em julho", acrescentou a fonte oficial, citando dados do centro de investigações árticas da Rússia, Roshvdromet.

De acordo com o relator especial da OMM para o clima e extremos climáticos, Randall Cerveny, o recorde de temperatura registado em Verjoyansk decorre de "uma primavera invulgarmente quente na Sibéria, que coincide com a falta de neve na região e um aumento das temperaturas globais".

A organização com sede em Genebra destacou que o Ártico é uma das regiões onde o aquecimento global está a ser mais pronunciado, com aumentos de temperaturas que duplicam a média mundial, uma redução de 50% no volume do gelo marinho e temperaturas recorde na atmosfera nos últimos quatro anos.

A OMM também recordou que, em 06 de fevereiro, a base argentina Esperanza registou uma temperatura recorde de 18,4 graus no extremo Norte da península antártica.

Verjoyansk e Oymyakon são conhecidos como os lugares mais frios do planeta, onde as temperaturas podem descer a mais de 67 graus abaixo de zero no inverno.

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