Temperaturas máximas históricas no ártico estão a ser investigadas
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) anunciou hoje que está a investigar as temperaturas máximas históricas registadas na localidade ártica russa de Verjoyansk, habitualmente um dos lugares mais frios do mundo, onde no sábado se registaram 38 graus centígrados.
© Reuters
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A OMM está em contacto com as autoridades russas para verificar este recorde e incluí-lo nos arquivos, disse em conferência de imprensa a porta-voz da OMM, Clare Nullis, sublinhando que este máximo estará relacionado com a atual onda de calor que atinge a Sibéria, com um aumento dos incêndios florestais.
"A região da Sibéria Oriental tende a ter temperaturas extremas no inverno e no verão, pelo que temperaturas superiores a 30 graus não são invulgares em julho", acrescentou a fonte oficial, citando dados do centro de investigações árticas da Rússia, Roshvdromet.
De acordo com o relator especial da OMM para o clima e extremos climáticos, Randall Cerveny, o recorde de temperatura registado em Verjoyansk decorre de "uma primavera invulgarmente quente na Sibéria, que coincide com a falta de neve na região e um aumento das temperaturas globais".
A organização com sede em Genebra destacou que o Ártico é uma das regiões onde o aquecimento global está a ser mais pronunciado, com aumentos de temperaturas que duplicam a média mundial, uma redução de 50% no volume do gelo marinho e temperaturas recorde na atmosfera nos últimos quatro anos.
A OMM também recordou que, em 06 de fevereiro, a base argentina Esperanza registou uma temperatura recorde de 18,4 graus no extremo Norte da península antártica.
Verjoyansk e Oymyakon são conhecidos como os lugares mais frios do planeta, onde as temperaturas podem descer a mais de 67 graus abaixo de zero no inverno.
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