O território palestiniano -- ocupado por Israel desde 1967 - conta atualmente com 903 casos de covid-19, mais do dobro dos 430 anunciados há uma semana pelo Ministério da Saúde cisjordano.

Apenas nas últimas 24 horas foram registados 142 doentes, "o maior balanço para um único dia" desde o início da pandemia, indicou o ministério.

Na quinta-feira, a ministra da Saúde, Mai al-Kaila, alertou para uma segunda vaga de contaminações "mais perigosa que a primeira, porque se desconhece a origem de muitos dos casos descobertos e porque também foram infetados profissionais de saúde".

As cidades de Nablus e de Hebron, no norte e sul da Cisjordânia, foram isoladas no sábado temporariamente após um aumento significativo no número de infeções.

Segundo Kaila, a maioria dos doentes foi infetada por palestinianos que trabalham em Israel ou por árabes israelitas que se deslocaram à Cisjordânia.

As autoridades palestinianas exortaram os árabes israelitas -- descendentes dos palestinianos que ficaram nas suas terras após a criação de Israel em 1948 -- a não visitarem a Cisjordânia e aos palestinianos que trabalham no Estado hebreu a não se deslocarem durante 14 dias.

As autoridades levantaram no final de maio o confinamento imposto na Cisjordânia após o aparecimento dos primeiros casos do coronavírus a 05 de março.

Na Faixa de Gaza, outro território palestiniano, controlado pelo movimento radical Hamas, foram registados 72 infetados, um dos quais morreu.

O governo de Israel também disse que "se prepara para uma segunda vaga". O país conta com mais de 20.800 casos, incluindo 307 mortes.

A pandemia de covid-19, transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro em Wuhan (China), já provocou mais de 468 mil mortos e infetou quase 9 milhões de pessoas em todo o mundo, segundo um balanço da agência France-Presse.

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