Forças de segurança do Irão detiveram fundador de organização de caridade

As forças de segurança iranianas detiveram hoje o fundador de uma influente organização de caridade estudantil e dois dos seus funcionários, além de selar os escritórios do grupo em Teerão, informou um portal de notícias iraniano.

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© Reuters

Lusa
22/06/2020 14:39 ‧ 22/06/2020 por Lusa

Mundo

Teerão

As informações do portal fararu.com indicaram que as autoridades detiveram Sharmin Meimandinejad, o fundador da instituição, em casa.

Também foram detidos, Morteza Kaymanaeh, porta-voz da instituição de caridade, e outro funcionário, Katayoun Afrazeh.

O portal não deu detalhes ou o motivo das prisões e a polícia não anunciou nenhuma acusação contra os três ou a instituição de caridade, que homenageia o iman Ali, a figura mais reverenciada pelos muçulmanos xiitas depois do profeta Maomé.

Os conservadores iranianos criticam nos últimos anos a instituição de caridade, denominada Sociedade Popular de Ajuda aos Estudantes do iman Ali, acusando-a de abusar da organização para fins políticos e difamar o sistema, destacando os problemas do Irão, além de trabalhar com países estrangeiros e organismos internacionais.

A instituição, fundada no início dos anos 2000 com cerca de 10.000 membros, organiza principalmente estudantes universitários e outros voluntários para ajudar os pobres e outras pessoas em tempos de desastres naturais, como terramotos e inundações.

O Presidente do Irão, Hassan Rouhani, disse recentemente que instituições de caridade e grupos não-governamentais não devem permitir que "indivíduos desonestos" assumam posições naquelas entidades.

Em maio, o responsável pelo poder judiciário iraniano, Ebrahim Raisi, alertou sobre os supostos planos de "inimigos" do Irão para financiar instituições de caridade para fins "hostis".

Os conservadores iranianos acusam o Ocidente de tentar derrubar o regime clerical.

Essas acusações aumentaram em meio à crescente pressão dos Estados Unidos e após as medidas do Presidente norte-americano, Donald Trump, que retirou os Estados Unidos do acordo nuclear do Irão com as potências mundiais e a imposição novamente de sanções económicas a Teerão.

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