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China pede a Trudeau que pare com "comentários irresponsáveis"

A China pediu hoje ao primeiro-ministro do Canadá que "pare de fazer comentários irresponsáveis", depois de Justin Trudeau ter dito que a decisão de Pequim de acusar dois canadianos por espionagem foi uma retaliação pela detenção de uma executiva chinesa.

China pede a Trudeau que pare com "comentários irresponsáveis"
Notícias ao Minuto

12:55 - 22/06/20 por Lusa

Mundo Diplomacia

As acusações de espionagem "não têm nada a ver" com o caso da diretora financeira do grupo chinês Huawei, Meng Wanzhou, assegurou um porta-voz do ministério dos Negócios Estrangeiros da China.

Meng foi detida em Vancouver a pedido dos Estados Unidos por alegadamente ter violado sanções contra o Irão.

Na semana passada, a Procuradoria Geral do Estado chinês acusou formalmente o diplomata Michael Kovrig e o empresário Michael Spavor de espionagem e de recolherem ilegalmente segredos de Estado, ao serviço de entidades estrangeiras.

Ambos os homens estão detidos há 18 meses.

As acusações contra ambos foram anunciadas depois de um juiz canadiano ter decidido que o caso de extradição de Meng pode prosseguir para a próxima etapa, no sentido de uma extradição para os EUA.

Trudeau disse que as autoridades chinesas "ligaram diretamente" os casos de Kovrig e Spavor a Meng, e pediu a Pequim que acabe com a "detenção arbitrária".

"Não existem detenções arbitrárias", disse o porta-voz do ministério, Zhao Lijian.

"A China pede ao líder canadiano que respeite sinceramente o espírito do Estado de Direito, respeite a soberania judicial da China e pare de fazer comentários irresponsáveis", apontou.

Meng está a morar numa mansão que possui em Vancouver, onde supostamente está a trabalhar numa pós-graduação. Kovrig e Spavor estão detidos em local não revelado e tiveram acesso negado a advogados ou familiares.

A China também condenou outros dois canadianos à pena de morte e suspendeu as importações de canola do país.

Zhao disse que as visitas de diplomatas estrangeiros a prisioneiros foram suspensas devido à pandemia do novo coronavírus.

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