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Protestos em Gaza e Cisjordânia contra planos de anexação israelita

Centenas de palestinianos manifestaram-se hoje na Faixa de Gaza e na Cisjordânia ocupada contra os planos do governo israelita de começar a anexar partes do território da Cisjordânia a partir do próximo mês.

Protestos em Gaza e Cisjordânia contra planos de anexação israelita
Notícias ao Minuto

22:57 - 19/06/20 por Lusa

Mundo Faixa de Gaza

Os protestos foram realizados em vários pontos dos territórios palestinianos e representam o primeiro dia de concentrações significativas e simultâneas em Gaza e Cisjordânia contra a iniciativa israelita.

A manifestação em Gaza, no qual se lançaram também balões com dispositivos explosivos em direção às comunidades israelitas vizinhas, envolveu centenas de pessoas que agitavam bandeiras palestinianas e entoavam cânticos contra Israel.

"As fações da resistência estão decididas a bloquear os planos israelitas de anexação e todos os outros planos destinados a terminar com a causa palestiniana", disse à agência espanhola Efe Mushir Al Masri, alto funcionário do movimento islâmico Hamas, que controla o enclave desde 2007 e organizou hoje o protesto.

"Não permitiremos que a ocupação israelita explore a fraqueza dos países árabes e a crise global de coronavírus para roubar terras palestinianas", acrescentou.

Centenas de palestinianos também se manifestaram em diferentes partes da Cisjordânia, inclusive no Vale do Jordão -- um dos territórios que pode vir a ser anexado -- e em Ramallah e Nablus.

Em vários desses protestos ocorreram incidentes com as forças de segurança israelitas, que usaram meios de dispersão de distúrbios.

Segundo informações da agência oficial de notícias palestiniana Wafa, 10 manifestantes ficaram feridos durante os confrontos com o Exército de Israel na vila de Kfar Qadum, a norte da Cisjordânia.

Também hoje, a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) pediu aos cidadãos para levar a cabo a tradicional oração de sexta-feira, em alguns dos territórios que Israel pretende anexar.

A medida controversa, prevista no acordo do governo de Israel e na iniciativa de paz dos Estados Unidos para a região, gerou rejeição, não apenas de vários Estados árabes, mas também de países de todo o mundo, por considerá-la incompatível com o Direito Internacional.

Apesar de isso ter sido encarado como um facto até há algumas semanas, nos últimos dias surgiram dúvidas sobre como e quando ocorreria a anexação de territórios da Cisjordânia, promovida pelo primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, mas que não conta com um consenso absoluto dentro do seu executivo e pode vir a optar por implementá-la em várias fases.

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