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Merkel pode tomar novas medidas se se confirmar crime por ordem da Rússia

A chanceler alemã, Angela Merkel, disse hoje que serão analisadas novas medidas contra a Rússia se se confirmarem as suspeitas de que Moscovo ordenou o assassínio, em Berlim, de um exilado georgiano em 2019.

Merkel pode tomar novas medidas se se confirmar crime por ordem da Rússia
Notícias ao Minuto

16:09 - 19/06/20 por Lusa

Mundo Alemanha

"Tem de se esperar pelas conclusões da justiça", disse Merkel à imprensa, a propósito da abertura da investigação da Procuradoria alemã, ao caso, adiantando que, só depois, as "novas medidas" serão analisadas.

Merkel salientou que, de um lado, estão as sanções económicas da União Europeia (UE), que hoje decidiu prolongá-las por mais seis meses devido ao conflito no leste da Ucrânia, e que, do outro, estão as suspeitas de um ciberataque ao sistema informático do Bundestag (Parlamento Federal alemão), a que se soma o caso do assassinato.

A chanceler alemã falava aos jornalistas após participar na cimeira virtual da UE e um dia depois de a Procuradoria-Geral alemã ter dado conta das suspeitas de um assassinato ordenado por Moscovo na capital da Alemanha.

Quinta-feira, um porta-voz do Governo alemão, numa primeira reação, indicou que o executivo de Merkel está a levar o caso "muito a sério", ao que foi seguido pelo ministro dos Negócios Estrangeiros germânico, Heiko Maas, que advertiu para a possibilidade de novas sanções contra as autoridades russas.

Em causa está a morte, em 2019, em pleno centro de Berlim, do georgiano Zelimjan Jangoshvili, 40 anos, acolhido como refugiado em 2016.

Em dezembro de 2019, Berlim expulsou dois diplomatas russo do país por considerar que Moscovo não estava a contribuir para o esclarecimento do caso.

Paralelamente, foi aberta uma investigação pelo ciberataque ao parlamento federal alemão, aparentemente relacionado com as diligências abertas e ligadas ao crime.

"O contexto da ordem de assassinio é a hostilidade da vítima contra o Estado central russo, o Governo autónomo da Chechénia e o Governo pró-russo da Geórgia", referiu a Procuradoria alemã num comunicado divulgado hoje quinta-feira, em que identificava um cidadão russo como presumível assassino.

Jangoshvili, que combateu na guerra na Chechénia ao lado dos rebeldes e que, posteriormente integrou as foças de segurança georgianas, foi assassinado em Tiergarten, o parque central que atravessa Berlim.

Segundo a investigação, presumivelmente Vadim K., ou Vadim S., seguindo numa bicicleta, aproximou-se da vítima e disparou vários tiros na cabeça de Jagoshvili.

A imprensa russa já o tinha vinculado a um outro assassinato cometido em 2013 em Moscovo.

O presumível assassino foi detido no mesmo dia do atentado, depois de várias testemunhas o terem identificado após o observarem a deitar para o rio Spree uma cabeleira postiça, uma arma e ainda a bicicleta. Desde então que se encontra em prisão preventiva.

O Kremlin, entretanto, negou qualquer envolvimento do estado russo no crime, considerando as suspeitas "infundadas".

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